terça-feira, 28 de agosto de 2012

"Interrompemos a nossa programação para a transmissão do Horário Eleitoral Gratuito..."

O Horário Eleitoral Gratuito passou por uma série de transformações para se adaptar à linguagem televisiva e atrair a atenção do eleitor. Antes de prosseguir o raciocínio, me permito um parêntese. Utilizei propositalmente a expressão televisiva ao invés de midiática porque muitos candidatos ainda utilizam o áudio dos programas exibidos na televisão para o rádio. Na minha opinião, perdem uma excelente oportunidade de explorar as características singulares do rádio em nome de baixos custos. 
Mas, retomando a ideia inicial, o Horário Eleitoral Gratuito de hoje, de forma geral, apresenta elementos dos telejornais, da dramaturgia e até mesmo dos comerciais para atrair a atenção do público. Acredito que ainda tenhamos espaço para outros formatos, principalmente os do ramo do entretenimento. Não vai ser nenhuma surpresa para mim ver algo de reality show ou talk show nos trinta minutos da propaganda eleitoral. 

Acompanhar o programa eleitoral hoje é mais fácil do que na minha infância, e eu gostava de assistir ao programa na minha tenra idade... O período mais curto, a alternância entre os candidatos ao legislativo e executivo durante os dias da semana e a presença da linguagem televisiva tornaram o programa bem mais agradável. Entretanto, parece que em nome da forma alguns esquecem o conteúdo... 

Na semana passada, um determinado candidado à Prefeitura de Salvador apresentava os problemas da cidade em seu programa e dizia que "precisamos resolver". Sim, isso eu já sei. O que eu não sei é como ele pretende resolver, em momento nenhum esta pergunta teve respostas... Em época de influência da linguagem televisiva, até pensei que ia aparecer um apresentador a me oferecer as opções: "Se você acha que a melhor solução é X, ligue para o número tal. Mas se na sua opinião a melhor coisa a fazer é Y, ligue para tal número. O final você escolhe, você decide".



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Ou chova ou faça sol

Sexta-feira chuvousa, trânsito mais complicado que o normal... por cinco segundos o pensamento é ir para casa. Lembro que o treino programado para hoje na academia é o que eu menos gosto, que concentra mais exercícios para braços do que para pernas. Outrora isto seria um motivo a mais para escolher o caminho de casa e não o da academia... mas hoje foi diferente. Um pensamento lógico pôs fim ao conflito interno: se eu não fosse hoje, a ficha ficaria para segunda-feira, então, é melhor me livrar logo dela e começar a semana com a ficha seguinte, que é a que mais gosto!

Quando cheguei à academia, a chuva passou. Parece até que foi uma provação... se foi, passei. Mesmo cansada, fiquei muito feliz com a minha escolha. Costumo brincar que estou em uma fase espartana, mas não chega a tanto. Afinal, minha essência é ateniense! E mais uma vez defendo que o melhor é sempre o equilíbrio. Não é fácil, mas não vamos conseguir se não tentarmos. Enfim, esta conversa fica mais detalhada em uma outra hora. Termino por aqui, apenas para deixar a dica que a preguiça pode ser vencida em qualquer situação, basta querer, basta lembrar dos objetivos que traçamos e ter em mente que o alcance deles depende apenas das nossas escolhas.

sábado, 18 de agosto de 2012

Marketing esportivo

Não é porque eu resolvi que compartilharia minha experiência da guerra com a balança com o mundo que só vou escrever sobre isto agora. Continuo na batalha, que não está fácil. Hoje vou falar sobre futebol, o negócio futebol. A cada dia que passa a publicidade em torno deste esporte aumenta. E parece não ter limites...

As cotas de patrocínio para a transmissão televisiva são astronômicas. Nos estádios, as placas de publicidade em volta do gramado não são baratas. E os uniformes dos jogadores? Parecem outdoors ambulantes, com tantas marcas. E os uniformes da arbitragem, que antes eram imunes, entraram nas cifras! E ainda tem as marcas nas camisas dos torcedores, os objetos comercializados com o distintivo do clube...

Isto dá retorno, sem dúvidas. E não acho que seja errado este investimento, qual empresário não quer incrementar os negócios? Mas este marketing esportivo que se resume a futebol gera um ciclo vicioso. As cifras vão atrás da visibilidade do esporte mais popular do Brasil, e a visibilidade depende também das cifras. Com isto, as demais modalidades ficam em segundo, terceiro, quarto, milésimo plano. 

Se alguns resultados aparecem e outras modalidades vivem os quinze minutos de fama,  os investimentos vão atrás. Mas para que continue a parceria, precisam de mais resultados. E normalmente, para que se tenha mais resultados é preciso mais parcerias. E enquanto esta história do ovo e da galinha não se resolve, o dindin vai para o futebol. Gramado e arquibancada devem ser os próximos alvos das marcas, sempre visando o coração e a cabeça do torcedor/consumidor.

domingo, 5 de agosto de 2012

Momento desabafo

Brasileiro não valoriza outras medalhas que não sejam a de ouro, como se ficar entre os três melhores do mundo em uma modalidade esportiva não tivesse valor nenhum... Estou acompanhando as Olimpíadas e torcendo, e claro que esperava mais de alguns atletas... mas decepções também fazem parte do jogo. Independente disto, o que me preocupa agora são os gastos excessivos que com certeza virão na edição dos Jogos Olímpicos do Brasil. A quatro anos dos jogos nem sinal de previsão orçamentária... com certeza isto não é em vão.

A Copa do Mundo já quase dobrou os recursos previstos no orçamento inicial. Eu me recuso a acreditar que brasileiro não saiba planejar, de forma que só me resta concluir que as obras parecem ser atrasadas de propósito para facilitar a liberação de rios de dinheiro para o cumprimento dos prazos. A última Copa do Mundo trouxe prejuízos para a África do Sul e não considero que a do Brasil vá ser diferente.

A única chance que temos de mudar essa "rotina" é renovar os nossos representantes legislativos e executivos. Infelizmente, muitas caras novas que chegam no baile aprendem rapidamente a dançar conforme a música. Voto é coisa muito séria, não devemso escolher o menos ruim ou qualquer um. Se ninguém te agrada, diga isto, vote nulo. Não escolha um candidato como protesto,  as consequencias podem ser desastrosas. Então, ainda insisto em acreditar nas pessoas. Não vou jogar a toalha porque a esperança ainda é a única coisa que nos resta.