terça-feira, 26 de maio de 2009

Baguan kelie!

Pela atividade do blog nem parece que estou em contagem regressiva para a entrega da monografia... mas tem coisas que simplesmente não dá para não registrar -ou pelo menos eu não quero :)

Ontem por exemplo, enquanto eu trocava os discos de DVD no aparelho, me deparo com imagens ao vivo em dois canais da televisão aberta, sobre um sequestro de um ônibus, que acontecia naquele instante em São Paulo. A Band e a Record com cobertura total. Meu primeiro instinto foi colocar na Globo, que estava exibindo o programa do papagaio que a loira ajuda a apresentar... esperei alguns instantes e nada daquela musiquinha assustadora do plantão. Então, eu pensei, se a Globo não deu importância, não sou eu quem vai dar... que horrível isso! Voltei para a Band, acompanhei uns cinco minutos e vi que não tinha nada de espetacular. Voltei para os meus DVDs. Fiquei lá me divertindo horrores com os programas eleitorais do ano passado. Depois que acaba a campanha eles são mais divertidos porque acaba seu envolvimento.

Horas mais tarde, vejo uma notinha sem grande importância no Jornal Nacional e relembrei o caso. Eu, estudante de comunicação de uma faculdade onde o povo não se acha, mas se tem certeza, me deixando levar pela opinião da Globo... se ela não julgou importante, eu deveria julgar? Pior que agir assim, é vir a público declarar. Corro o risco de ser expulsa da faculdade faltando pouco mais de um mês para cortar os laços com ela (pelo menos enquanto eu não voltar para a pós)? Devo estar a fim de provocar... veneno de escorpião. Dizer para as pessoas que não temos a obrigação de pensar e dizer coisas inteligentes o tempo inteiro, que falar bobagem de vez em quando é muito bom, que se deixar influenciar pela Globo também, are baba!!!! Nem por isso deixei de ter visão crítica sobre as coisas, e se os milhares de acadêmicos premiados que já li dizem que a televisão é o palco do entretenimento, do espetáculo, por que eu tenho que procurar outra coisa quando estou diante dela?

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Maísa, a pequena notável, contra o gigante do Baú

Eu não vi na hora em que foi ao ar mas tive a infelicidade de ver depois o vídeo onde a pequena Maisa chora no palco do programa Silvio Santos. De cortar o coração. Eu que nunca quis ser mãe de menina, comecei a achar que não seria tão mal assim quando esta pequena notável apareceu. Toda fofa, dá vontade de levar pra casa...
De repente me deparo com um choro que a mim pareceu ter um algo a mais do que o medo do menino vestido de monstro na primeira vez e que a dor pela pancada na câmera na segunda. Digo isso porque eu não sou muito de chorar, muitas vezes as lágrimas ficam contidas por tanto tempo... aí surge uma bobagem qualquer e eu me transformo em uma cachoeira. Tudo que está acumulado começa a passar pela minha cabeça como um filme e despeja mais e mais lágrimas. Não sei porque razão me pareceu, vendo os famigerados vídeos, que com Maísa acontecia algo semelhante. Pelo menos serviu como pedido de socorro que foi ouvido pelas autoridades.

Por enquanto Maísa está livre das piadas sem graça do dono do Baú. Tenho que admitir que eu sempre tive uma certa admiração por Silvio Santos, pelo fato de ele conseguir manter uma audiência fiel por décadas. Esta admiração acabou completamente. Não consigo nem ouvir a voz dele em imitação! Eu sei que a raiva vai passar... por enquanto me contento com a esperança de ainda poder confiar na justiça e nas autoridades do país. Que bom que ainda não podemos generalizar pelo lado negativo, ainda tem gente séria por aqui, eu não sou um alienígena!

E que de agora em diante Maísa apenas sorria.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Cenas do cotidiano: a chuva

Ontem, mais um dia de chuva na capital baiana, com o agravante de ventos que atingiram velocidades maiores que as de Rubens Barrichelo na Fórmula 1. Clima mais do que favorável para exercitar os dedinhos no teclado, com o registro de algumas cenas que você certamente já testemunhou ou viveu.

Cena 1: a cidadã viaja para a Europa para ver a neve e, claro, compra trajes apropriados para o clima europeu (ou não, de repente ela nunca saiu da cidade...). Na volta, o casaco fica esperando uma brisa mais forte que seja, somente para a sua dona desfilar deslumbrante e ter a oportunidade de responder "comprei na Suiça" aos comentários de como o casaco é lindo ou se realmente ela espera aquele frio todo. Não importa se a espera foi de anos, se o casaco saiu de moda (ninguém vai saber mesmo), se Suiça é o nome de uma loja na famosa 25 de março ou se a pessoa está derretendo dentro do casaco. O que importa é parecer sofisticado.

Cena 2: ruas alagadas, o carro importado parado com problemas mecânicos e a galera do buzu passando tranquilamente pelo mesmo local. Só ônibus que passa em determinadas ruas e aí o passageiro pensa "que bom que a cidade não investe em ônibus com sistemas elétricos... "

Cena 3: ainda no ônibus, as janelas se tornam uma espécie de galeria de arte para a exposição de corações, casinhas ou árvores desenhadas nos vidros embaçados. Em horário de pico escolar então... Eu sempre desenhava uma nuvem com chuva caindo, porque apesar da obviedade ninguém pensa nisso e as janelas ficam cheias de coração...

Cena 4: as conversas telefônicas seguem o ritual da pergunta "está chovendo aí?" logo depois do "alô". Com os celulares, as pessoas no trânsito ligam umas para as outras para contar que estão há mais de uma hora no engarrafamento e sempre são consoladas por ouvirem que o outro já está há duas horas parado. Aí, produção do Big Brother, isso sim é que é prova de resistência.

Cena 5: andando de ônibus em dia de chuva você comprova facilmente a solidariedade humana. Quando começa a chover, cada um se preocupa em fechar a janela de onde está e logo você tem metade dos assentos molhados, como prova de como o baiano é altruísta. A chuva aumenta e começam a entrar outros passageiros com sombrinhas molhadas e distribuindo aqueles pingos para todos que estão por ali... tem motorista que adere à campanha, e faz curvas de modo que as pessoas não consigam se segurar e assim os pingos se distribuam de maneira mais rápida e justa.

Cena 6: a chuva passa e você quer abrir um pouco a janela para o ar circular, mas na sua frente tem uma pessoa com "cabelo de verão" e que fecha a janela toda vez que você abre. Até que alguém cansa e desiste. Em dia de sol isso também acontece, claro.
Tudo bem, eu confesso que eu desisto primeiro, depois provoco a pessoa passando para a frente dela e fazendo "movimentos de comercial de xampu" com meus cabelos, só para matar a pessoa de inveja.

Cena 7: O motorista do carro aproveita a proximidade de uma poça d'água para molhar um motoqueiro e, assim, se vingar de todas as fechadas que levou na vida... Ele acelera e vai fundo na poça mas não percebeu que o carona não tinha fechado totalmente o vidro... tsc, tsc, tsc. Mas o castigo ainda não acabou, a previsão do tempo diz que a chuva segue forte nos próximos dias e o cheiro agradável de mofo no carro...

Cena 8: Isto é realmente ridículo e talvez só aconteça comigo. Sempre que eu lavo os cabelos e chove aparece alguém para perguntar se eu me molhei tanto assim. Já até tenho uma resposta padrão para isso: "foi chuva sim, só que eu descobri uma maneira de atrair a chuva somente para os cabelos, sem molhar a roupa."

Cena 9: Forma eficaz de prever o tempo: prestar atenção naquele vizinho que lava o carro uma vez na vida. Toda vez que ele lavar o carro, saia com guarda-chuva no dia seguinte. Não tem erro, vai chover mesmo.

Cena 10: Dia de chuva é dia de exercícios físicos. Tem que ter bom preparo para o pula-poça e para correr para algum abrigo quando a chuva nos pega sem sombrinha. Se o abrigo é um estabelecimento comercial, você vai ter que ter bom preparo físico para fugir dos vendedores, que acham que já que você parou ali não custa nada fazer uma comprinha....


E então, com qual cena você se identificou mais?

sábado, 16 de maio de 2009

Cardápio do fim de semana: abobrinhas!

Para começar, uma indicação de uma entrevista com Maurício Mattar. Bastante divertida. Ele devia começar a escrever alguns quadros para o Zorra Total. Aliás, este ano o Zorra completa dez anos e quinhentos programas no ar. É o único programa da grade de shows da Globo que não tira férias (infelizmente). Uma edição especial deve ir ao ar em junho, espero que resgatando os poucos bons momentos desta aberração. Fernandinho e Ofélia estarão no programa comemorativo, recebendo Renato Aragão. Este quadro até que eu gostava, assim como adoro Dra. Lorca e só. Acho o Chaves muito mais engraçado!

Segunda coisa, uma piadinha... Depois de ocupar metade dos telejornais, a gripe suína agora é apontada como um virus fraco. O brasileiro incógnito celebridade, conhecido por ser a primeira pessoa a transmitir a doença para outra em território nacional, contou em entrevista (por telefone) que ele já teve gripes mais fortes. A partir daí, já vi outras pessoas comentando que a gripe não seria tão fatal como fizeram parecer... Terá sido uma sinopse de novela-dramalhão da Televisa que a imprensa interpretou como notícia? Deve ter gente lamentando no Brasil, ou alguém duvida que já tinha projetos de máscaras com os distintivos de clubes de futebol ou com a estampa de Lord Ganesha sendo fabricados? Nossa criatividade não tem limites....

E encerrando, para quebrar o monopólio do futebol neste blog, aproveito duas notícias do final de semana. Sem que o lado crítico precise brigar com a emoção, como no futebol, lanço duas perguntas:
1. Qual a razão para que nossos atletas de ponta decepcionem em Jogos Olímpicos, se eles brilham em competições mundiais disputando medalhas com as mesmas pessoas? Diego Hipólito, por exemplo. Duas medalhas de ouro hoje e ano passado em Pequim... quem não lembra?
2. Michael Phelps realmente é humano? Como se explica Michael Phelps?

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Custe o que custar

Vocês já viram aquela série de livros chamada "O Dia em que me tornei... (são paulino, palmeirense, corinthiano etc)"?. Nunca li nenhum mas tenho a curiosidade de saber como alguém consegue determinar com precisão o dia em que foi dominado por uma paixão. Sim, futebol é paixão. Daquelas que nunca morre e nunca se transforma em outro sentimento, é eternamente paixão.

Calma, este não é mais um post sobre futebol. Fiquei pensando em parodiar a série, mas não como um livro. Algo mais modesto, um post de blog, que tal? Queria falar do dia em que me tornei fã do CQC. Admiradora mesmo, de verdade, a ponto de começar a amar segunda-feira. Mais do que admirar, gostar e amar, eu venero e me identifico com o CQC da Band. Um dos melhores programas da história da televisão no Brasil e ao lado de A Grande Família, o melhor programa do momento. E olha que eu posso falar mesmo! Eu já vi todos (ou quase todos) os programas que compõem as grades das emissoras da televisão aberta do ano passado para cá. Ontem mesmo, eu estava curtindo minha tarde de férias no SBT com Casos de Família e Ratinho. A cada minuto eu olhava para o relógio para ver quanto tempo mais duraria a tortura mas como vou criticar sem ver?

Depois de muito pensar e de não conseguir determinar a data exata que a paixão pelo CQC me dominou, desisti. Talvez eu deva ler um dos livros antes para buscar inspiração ou aprender a metodologia... enquanto o projeto paródia não sai da imaginação, um aperitivo do CQC, a estréia do quadro Fala na Cara. Certamente não foi neste dia.

Ah, eu ainda estou resistindo às mudanças de ortografia, vou morrer de saudades do trema...



quarta-feira, 6 de maio de 2009

Lá fora está chovendo...

Que caos ontem! O percurso da minha casa até o trabalho, normalmente feito em um período de 15 a 20 minutos, durou 3 horas. Absolutamente tudo parado na cidade de verão. Só se locomovia quem estava a pé... inacreditável!

A capital foi crescendo, ganhando ares de metrópole, e ninguém percebeu. Pelo menos aqueles que deveriam perceber, as autoridades responsáveis(?). Nosso sistema de transporte totalmente deficiente, a estabilidade econômica e a facilidade de financiamento e a nossa cultura, fizeram com que os automóveis se multiplicassem como coelhos. Quem se preocupou em preparar a cidade para o aumento do fluxo de veículos? Se já é complicado o trânsito em dias de sol.... imagina com rios em todas as principais avenidas da cidade?

Como se não bastassem mais carros na rua... cadê o planejamento? Desde que me entendo por gente ( e muito antes disso, na verdade), Salvador é uma cidade que tem um longo período de chuvas entre o final de abril e o começo de junho pelo menos. Se todo ano é assim, por que ninguém toma medidas preventivas? Coisas simples fazem muita diferença nestas horas... a manutenção das ruas sem buracos, desobstrução dos bueiros....

O que importa é que ano que vem teremos a chance de sermos o único país hexacampeão do mundo no futebol! Daqui a pouco o período de chuva passa, começam os ensaios de verão e a contagem regressiva para o carnaval. A política do pão e circo sempre foi condenável.... mas aqui nem precisa do pão, o circo já basta. O que dizer, então?

Mudando de assunto, porque no fim das contas não há palavras que possam expressar tamanha indignação, vou falar de meu novo xodó, Frank. Estou cada dia mais entusiamada com ele, estamos nos dando bem, afinal de contas. Houve momentos no começo da relação em que eu achei que não conseguiria moldá-lo para ficar exatamente como eu queria, mas entre encontros e desencontros, nossa afinidade está cada vez maior e ele está se deixando dominar e ficando do jeito que eu esperava.

Pra quem não sabe, Frank é o apelido carinhoso do meu Trabalho de Conclusão de Curso... comecei a chamá-lo assim logo no começo quando ele estava meio estranho e indefinido e parecia um "Frankstein".


E peguemos nossos botes para mais uma deliciosa aventura de transitar nas águas da cidade onde, afinal, todo mundo é d'Oxum!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Mais um post sobre futebol

Uma passadinha rápida por aqui para comentar as decisões dos campeonatos estaduais de futebol. Sobre o estado em que nasci e que moro não tenho palavras. Costumo dizer que paixão não se explica, apenas se sente. É a minha frase pronta para tentar justificar a razão de meu coração acelerar quando o São Paulo entra em campo ou quando o Maracanã começa a cantar o hino do Mengão....

Optei por acompanhar a decisão do Rio. Coladinha na televisão, roendo todas as unhas que insistiam em voltar a crescer, mordendo os dedos, apertando Jorjão para aliviar a tensão, com os olhos marejados de ver o Maracanã lotado e um arrepio que percorria toda a espinha a cada vez que a torcida cantava o hino. Belo programa para uma tarde de dilúvio. Decisão nos pênaltis, pra ninguém falar que faltou emoção. E depois, só comemorar!



Semana que vem começa o Campeonato Brasileiro e estarei lá torcendo para o Flamengo novamente, exceto quando o jogo for contra o São Paulo ou se uma vitória do Mengão tiver chance de atrapalhar meu clube bem amado de alguma forma.

domingo, 3 de maio de 2009

O dia em que São Sebastião foi preso por assassinato....

Para quem está em plena época de monografia, com os prazos se configurando com uma nova ameaça a cada segundo, até que estou bem tranquila. Ontem, praticando o verbo zappear, me deparo com o programa No Coração do Brasil, da Band, apresentado por José Luis Datena. O tempo do zapping pela Band durou o suficiente para ouvir um 'causo' bastante engraçado e curioso. Procurei o vídeo para postar aqui mas a Band tem o sério defeito de demorar a atualizar o site com os vídeos. Certamente quando eles postarem eu não vou lembrar mais de colocar o link aqui. Mas fica o registro:

Um morador da cidade de São Sebastião, uma bela cidade do litoral de São Paulo, estava contando que havia na cidade um homem muito briguento. Quando não achava a quem perturbar, o homem ia para a porta da igreja e ficava chamando São Sebastião, desafiando o santo a ir brigar com ele. Isto sempre se repetia até que um belo dia o corpo do homem foi encontrado na porta da igreja. As suspeitas imediatamente caíram sobre... São Sebastião. As pessoas acreditaram que o santo cansou de tanta provocação e saiu para brigar com o homem, acabando por matá-lo. O santo foi julgado e condenado a cinco anos de prisão. A imagem ficou presa até que chegou o dia da festa de São Sebastião e as pessoas foram pedir para soltar o santo para participar da procissão. Pasmem, o santo (a imagem) foi solto pelo juiz com a mudança da pena para prisão domiciliar.... e ficou preso na igreja mesmo. Amei isso!

Depois que o morador encerrou a narrativa, voltei a praticar o zapping mas não encontrando nada que me interessasse, mergulhei nas páginas de "Mentes Perigosas". Uma pequena e necessária pausa na monografia. Terminei a leitura das 200 páginas em dois dias. Parece que adquiri uma velocidade de Fórmula 1 nas leituras....