Ao contrário do que parece, este blog não morreu. Estava apenas hibernando e agora desperta totalmente revigorado (ou pelo menos, tenta). Motivos para esta lacuna são vários, e não cabe longas explicações por aqui, portanto, fique apenas a comemoração da volta. E o momento não podia ser mais oportuno: Páscoa. Momento de reflexão e de renovação. Então, vamos a alguns comentários sobre o feriadão de Páscoa soteropolitano...
O grande paradoxo da Páscoa em Salvador é o jejum que (para a grande maioria) significa apenas tirar a carne vermelha do cardápio. Comilança e mais comilança. Começando ao meio-dia da sexta e sempre sem hora para acabar... enquanto o último grão de arroz não for devorado, o estômago é como coração de mãe... sempre vai caber mais um... Dias de reinado absoluto do dendê: caruru, vatapá, moquecas, mariscadas, etc. E chocolate, muito chocolate. Uma combinação laxante, é verdade, mas conheço vários intestinos imunes a qualquer dano maior que a mistura possa provocar. Para os sobreviventes, é esperar pela segunda farra gastronômica do ano: o São João...
Com o feriado de 21 de abril de brinde, tivemos uma meia semana santa no sentido literal da expressão. Uma grande alternativa para a saída da cidade é o ferry-boat, que atravessa a Baiá de Todos os Santos. Mas, problemas de todas as ordens com as embarcações este ano provocaram muitos transtornos... até Ivete Sangalo ficou à deriva (Ivete Sangalo é o nome de um dos barcos, para quem não sabe). Com isto, muita gente resolveu fazer um caminho terrestre, e o trecho de uma hora foi percorrido em cinco ou seis... só a ida!
E mais uma tradição mantida na Páscoa: deixar tudo para a última hora. Na quinta-feira, ainda havia muitos ovos de chocolate à venda, parecia que o tilintar das caixas registradoras não seria ouvido este ano. Mas o sábado fez tudo mudar... alguns poucos restaram para entrar na promoção de última hora de ovos quebrados.
E encerrado o balanço de Páscoa soteropolitano. Segunda-feira se aproxima... é tempo de contabilizar os prejuízos na balança e no bolso. Ano que vem tem mais...
