Dá-lhe Obama!

Um determinado país está às vésperas de uma eleição presidencial, em meio a uma crise econômica. Um dos candidatos, que tem muito carisma, se alia a uma boa equipe de marketing e diz o que o eleitor quer ouvir, seja este eleitor um empresário, uma dona de casa ou um estudante cheio de sonhos. Ele fala de esperança vencendo o medo...

O trecho acima tanto pode se referir ao período eleitoral de 2002 no Brasil quanto ao atual dos Estados Unidos. Achei interessante Obama falar de esperança vencendo o medo, será que Duda Mendonça expandiu sua genialidade para além de nossas fornteiras? Ou será que os marketeiros de Obama estão plagiando nosso publicitário? Ou será, ainda, que se descobriu uma fórmula mágica para se vencer uma eleição?

E volto a falar do carisma de Obama. Sucesso de audiência em sete canais de televisão ao mesmo tempo deve ter deixado Chacrinha e Flávio Cavalcante morrendo de inveja lá no céu... Um crítico dos Estados Unidos até brincou que Obama pode ser apresentador de TV se não conseguir chegar à Casa Branca. Repito, carisma é carisma. Não existe meio termo, ou você tem ou você não tem. Obama tem, decididamente.

Como aqui eu não preciso me preocupar em não ser tendenciosa (como lá no meu TCC) então eu posso dizer com franqueza que já começo a sentir uma certa tristeza por não ser eleitora americana e não poder votar no Obama... Já sou fã dele, vou até colocar uma estrelinha no orkut...

Sinceramente eu acho que o carisma do candidato a uma eleição majoritária ainda conta pontos, ou, se preferirem, conta votos. Evidentemente há exceções, mas não dizem que as exceções confirmam as regras?

Este ano não percebi o carisma em evidência nas eleições municipais mas acredito que muitos dos votos das duas últimas eleições presidenciais no Brasil foram decididos pelo carisma de Lula. O candidato se expõe diariamente na cobertura dos telejornais, em entrevistas, no Horário Eleitoral Gratuito, nos debates, nos comícios... se o cara não tem carisma, fica complicada essa superexposição. Aqui em Salvador, nenhum candidato se destacou no carisma, talvez uma leve vantagem para ACM Neto mas que não se traduziu em votos por causa do DNA do rapaz.

Desde que a imprensa resolveu ampliar a cobertura das eleições, deixando de lado a chamada "corrida de cavalos" (cobertura que se baseia somente na divulgação das sondagens de opinião), a partir da eleição de 2002, já tivemos mais três disputas eleitorais e somente na presidencial eu percebi o carisma mais atuante. Não sei se porque os adversários de Lula eram pessoas com carisma zero ou se porque isso conta mais na escolha do presidente.

Talvez seja a segunda opção. E não exclusivamente da nossa cultura. Na eleição presidencial dos Estados Unidos não há como questionar que Obama tem o carisma que McCain não tem e isso está se refletindo nas intenções de voto... Até eu se votasse nos Estados Unidos ia votar no Obama...

Apressadamente, a proposta do post era essa. Falar superficialmente do carisma, sem pretensões, apenas para exercitar o raciocínio e os dedinhos no teclado...

Decididamente a fronteira entre jornalismo e dramaturgia é cada vez mais tênue. Exemplos não faltam: o "Maníaco do Parque", o "ônibus 174", Suzane von Richtofen, Isabella Nardoni e, o mais recente, Eloá Pimentel. O assunto é complexo demais para ser abordado em mal traçadas linhas como estas mas não pode passar despercebido. Ainda volto a falar disso por aqui.

Tenho tanta coisa para escrever que as idéias acabam se atropelando dentro da minha cabeça e numa velocidade tamanha que os dedos não conseguem acompanhar para transformar em toques no teclado.... Queria desenvolver mais o parágrafo anterior mas sinto que preciso de uma fundamentação teórica ainda que seja para discordar totalmente como eu fazia com os textos de Umberto Eco (a princípio era algo sincero mas depois eu peguei uma certa implicância com o rapaz e comecei a discordar somente por "hobby". Por um lado foi bom, busquei vários autores para me apoiarem nesta missão mas depois acabei cansando... ). Fico devendo então um comentário mais digno para o assunto.

E já que falei das fundamentações teóricas... errou, não vou falar de TCC. Assunto em segundo plano no momento por uma razão muito simples: existe vida fora da FACOM! Vou falar de música, precisamente de um trecho de "Amores Imperfeitos" do Skank. Tornou-se meu lema: "os filósofos não dizem nada que eu não possa dizer". Não sou contra os filósofos nem contra o conhecimento científico mas os doutos precisam assumir (acho que eles concordam, só não assumem) que o senso comum também é conhecimento!!!

E para não dizer que há muito tempo eu não falo do São Paulo, vou terminar com o comentário de um amiga... ela me disse que eu praticamente já adotei "são-paulina" como sobrenome... que exagero, não é um sobrenome mas uma característica marcante da minha personalidade. Será?

Visita ilustre

Meu atelier atraindo celebridades!!! E olha que gato!!!! Inspirado em minhas obras de arte ele resolveu arriscar umas pinceladas e pelo resultado parece que tão grande quanto a sua gula e maior do que a sua preguiça é o seu talento...

Aniversário chegando...

Este ano estou pensando em comemorar o meu aniversário. Isto, claro, se eu sair viva da próxima reunião com a minha orientadora. Agora por exemplo eu deveria estar lendo um dos 15 títulos da referência bibliográfica básica que ela passou para mim e no entanto estou navegando na internet e lendo notícias como esta aqui. Se ela soubesse disso eu diria que tem muita relação com o tema da minha pesquisa, afinal qual o candidato que não ficaria feliz com isso? Espero que eu ainda tenha o dom de conseguir justificativas para o injustificável e neste caso, teremos aniversário!

Essa vontade de comemorar mais um aninho de vida deve ser algo relacionado aos astros, afinal outras pessoas também resolveram reunir os amigos na passagem da sua data natalícia este ano, né Lari? Ainda não sei exatamente como vai ser mas deve ser temática. Aceito sugestões de tema, coloco na listinha que já tem umas dez opções. Se eu não conseguir decidir por nenhuma delas logicamente apelo para o bom e velho sorteio...

Em último caso, se eu não conseguir organizar nada, chamo todo mundo para algum barzinho e pronto. Pelo menos a lista de convidados eu já comecei a fazer, não sei se é um bom começo... Tenho duas preocupações com a lista, a primeira é ter o cuidado de que cada convidado tenha pelo menos um conhecido na festa além de mim e a segunda (que me tira o sono) é como vou fazer para convidar as pessoas do meu trabalho porque decididamente o convite não é extensivo a todos. Aceito sugestões para resolver esse problema também.

De volta ao atelier. Justificativas para o sumiço eu tenho e desta vez não foi a boa e velha companheira preguiça mas situações que reforçaram a minha crise com a faculdade, além de uma festa à fantasia e o testemunho de um milagre.

Falemos de cada um deles separadamente mas de maneira breve. As situações que reforçaram a minha crise com a faculdade foram todas vividas dentro de uma sala de aula onde nada acontece para ajudar na minha formação profissional nem pessoal. Muitos estariam felizes no meu lugar por esta ser uma disciplina sem complicações mas eu detesto sair de casa sabendo que passarei horas ouvindo bobagens.

Falemos de algo mais divertido, então. Um amigo meu comemorou o aniversário com uma festa à fantasia. Eu fui de Branca de Neve, muito fofa. Várias pessoas na festa me disseram que eu tenho cara de Branca de Neve... Estou até pensando em usar o mesmo corte de cabelo dela e me inscrever em concursos de sósias! Lá na festa uma menina que eu não conheço me perguntou pelos anões e eu disse que os deixei em casa porque Dunga está com a popularidade em baixa e podia sofrer alguma agressão...

O testemunho de um milagre foi agora no final da semana. Com a greve parcial dos bancários fiquei em uma situação de ter um boleto a pagar acima do limite permitido pelo caixa eletrônico do meu banco.... Quando tudo parecia perdido, minha mãe me salvou. O limite de pagamento dela é maior que o meu. Ela pagou a minha conta, embora ainda não saiba disso....

E hoje eu fui votar. A sensação de que estão me dando um saco de laranjas podres para que eu escolha uma persiste, mas toda vez que meu dedo se direciona para a tecla do voto em branco eu lembro das muitas pessoas que sacrificaram suas vidas para que eu tivesse hoje o direito de escolher os meus representantes. Resultado, desisto de votar em branco e olho atentamente as laranjas dentro do saco. Escolho aquela que pelo menos aparenta ainda ter condições de ser aproveitada...