quinta-feira, 28 de junho de 2012

Operação medidas

Basta ler algumas das postagens antigas para saber que a minha briga com a balança não surgiu agora. Fui gordinha a vida toda e sempre sonhei em deixar de ser, mas não fazia nada para mudar a situação. Nunca me esforcei para resistir a guloseimas, nunca gostei de atividades físicas. Mas a coisa foi se agravando quando comecei a usar anticoncepcional. Primeiro, os hormônios interferem no peso, depois acontece o inverso. Consequencias: ganho de peso, baixa estima, mal funcionamento do intestino, retenção hídrica e adiposa. 

Quando parei de usar os anticoncepcionais, resolvi mudar minha vida. Comecei a fazer uma dieta que encontrei na internet e obtive alguns resultados, mas dedici procurar orientação profissional. Passei a frequentar a academia e o consultório da nutricionista. A perda de peso foi gradual e saudável, e apesar de ter emagrecido treze quilos, a sensação visual era de que eu tinha emagrecido uns vinte, por causa da redução de medidas. 

Na época, várias pessoas me disseram que seria bom compartilhar minha experiencia no blog, como um passo a passo, um guia para os gordinhos. Minha disciplina era invejada e/ou admirada. Estava indo tudo muito bem, mas precisei fazer tratamento hormonal mais uma vez. Novamente o ponteiro da balança fugiu do controle. Engordei de volta os treze quilos mais um. Claro que a culpa não foi somente dos hormônios. Os primeiros quilinhos extras me trouxeram de volta a preguiça, a falta de disposição e o prazer da gula.

Mas tinha uma coisa diferente nesta história: eu. Por mais estranho que isto possa parecer, já que acabei de dizer que eu havia voltado aos meus velhos maus hábitos, a verdade é que agora eu tinha a consciência de que estava fazendo escolhas erradas. Agora eu já sabia como é entrar em uma loja e comprar a roupa que você gostou, não a que cabe em você. Também já sabia como é ter mais disposição, como a atividade física pode ser prazerosa.

E resolvi mudar mais uma vez. Cansei de ser gordinha, cansei de alterações de humor por causa da baixa estima, cansei do efeito sanfona. Busquei ajuda profissional mais uma vez. Marquei uma consulta com um endocrinologista, que me pediu alguns exames. Hoje fui levar os resultados, e ele me deu algumas orientações. O próximo passo é procurar uma nutricionista, para que faça um cardápio que possa corrigir algumas falhas que o médico identificou. E claro, a academia. Um pouco mais de dedicação não vai fazer mal algum, pelo contrário. 

Além da convocação de um endocrinologista para o meu exército de luta contra a balança (na qual eu sou a comandante, afinal tudo depende de mim), a novidade desta vez é o relato no blog. Os anseios, as expectativas, as frustrações, as conquistas. Mesmo que não tenha um leitor sequer, vai ser bom voltar aqui depois de algum tempo e acompanhar essa fase importante da minha vida. O sucesso está a caminho!

sábado, 23 de junho de 2012

Vìcio de linguagem escrita digitada

Vícios de linguagem... lembra deste assunto? Acabei de lembrar disto digitando um endereço no navegador de internet, quando um estalo me veio: será que temos vícios de linguagem escrita (digitada)? Acho que sim. Eu por exemplo, tenho o hábito de digitar 4w nos endereços web (wwww) e só me dou conta do que fiz quando aparece que a página não pode ser exibida e manda eu verificar se o endereço digitado está correto...

E não é somente isto. A cada dez vezes que digito social, em nove o resultado na tela é socila. Instituto também é uma palavra que trava os dedos... normalmente escrevo errado. E-mail é outro termo que escrevo mais errado do que certo. Meu chefe tem problemas com o acento circunflexo. Toda vez que ele precisa usar, acerta na segunda tentativa. Então, isto só pode ser vício de linguagem escrita digitada. A gente sabe que não é certo, mas escreve assim mesmo...


sexta-feira, 8 de junho de 2012

A ação da gravidade nos notebooks

Sabe aqueles dias em que você está ansioso demais, tem dificuldades de concentração e pensa em comer muita besteira? Tive um dia assim esta semana. A Lei de Murphy entrou em ação e, como se não bastasse todo o turbilhão de adrenalina causado pelos fatores biológicos, os fenômenos da Física vieram agravar as coisas. Com o metabolismo mais acelerado que carro de Fórmula 1, acabei permitindo (sem querer, claro) que o notebook sofresse a ação da gravidade... Tudo não passou de frações de segundos, mas a cena ficou na minha memória em câmera lenta.


Nem consegui gritar, por duas razões: primeiro, porque não deu tempo mesmo. Segundo, porque tenho a convicção absoluta de que isto não adiantaria nada. Quando olho para o estrago, vejo o teclado separado do resto do equipamento. Raciocínio prático e um pequeno alívio "é só encaixar de volta". Pronto, estava novamente tudo no lugar mas... o teclado não funcionava. Reiniciar a máquina, claro! Não deu certo. Faltando dez dias para entregar o trabalho de conclusão de curso da Pós-Graduação, era tudo o que eu precisava...

Conversei com meu chefe e saí mais cedo hoje. Levei o notebook na assistência técnica e o primeiro contato que tive com o técnico foi assustador. "Se tiver que trocar o teclado, vamos ter que pedir à fábrica, e leva uns quinze dias para chegar". Engoli o choro. Novamente pensei "não vai adiantar nada chorar". Expliquei a minha situação para o rapaz, e ele levou o equipamento para verificar. Uma espera de vinte minutos aproximadamente, mas com uma sensação de um dia inteiro. E chega o veredito: "está pronto, pode testar". 

Devo ter reagido como criança que descobre o brinquedo novo deixado pelo Papai Noel no sapatinho. E o melhor de tudo... mesmo com o computador tendo sofrido ação da gravidade, ele conseguiu incluir na cobertura da garantia!!! Só foi o custo do susto mesmo. Agora é reformatar o trabalho todo (para adiantar eu estava usando o computador do trabalho na hora do almoço, e tem um editor de texto diferente do meu - desconfigura tudo este vai e volta) e terminar a parte que falta. 

E fica a lição: a vida é feita de ações e reações. O universo te devolve o que você joga para ele. Só tenho a agradecer...



segunda-feira, 4 de junho de 2012

Idiotas, uni-vos!

Falsidade, eis uma coisa que a vida me ensinou a lidar. Aprender a lidar não significa concordar, nem tão pouco me impede de ter aborrecimentos. E quando a falsidade vem acompanhada das "amiguinhas" irresponsabilidade, falta de compromisso e falta de ética é impossível evitar tais aborrecimentos. Ser responsável parece que é algo que veio impregnado no meu DNA, certamente herdado do lado materno.

Desde que me entendo por gente, a responsabilidade e a seriedade com que encaro as coisas na minha vida são comentadas por todos que cruzam meu caminho. Sei que alguns comentam com admiração e outros por interesse... acho até que consigo ler seus pensamentos..."esta idiota vai fazer tudo e eu não vou precisar fazer nada".

Fazer sua parte não é mais do que sua obrigação, mas parece que a cultura por aqui é encontrar alguém que faça a sua parte por você. Os idiotas, como eu, que são responsáveis demais para conseguir desonrar os compromissos que assumem. Muitas vezes ser idiota é o único caminho, não há outra alternativa pois, se não fizermos a parte dos outros, seremos prejudicados. E sabendo disso, os não idiotas deitam e rolam.

Certa vez me acusaram de não saber trabalhar em equipe. Nesta versão moderna de equipe onde um trabalha e os outros dividem os louros, eu realmente não me sinto bem. Problemas todos nós temos, mas se eu consigo equilibrar as coisas e cumprir com meus compromissos profissionais mesmo quando tenho problemas de ordem pessoal, todos conseguem. Não sou a She-Ha, a Mulher Maravilha, não tenho super poderes, sou um ser humano comum, nem melhor, nem igual e nem pior do que nenhum outro ser humano - o que prova que é perfeitamente possível ser responsável, é tudo uma questão de vontade.

Aprendi a lidar com isso de maneira educativa, e até um pouco egoísta. Se a tarefa não feita não me prejudicar, ela continuará não feita. E os que deixaram de cumprir suas obrigações vão ter que arcar com as consequencias dos seus atos. Não é assim que aprendemos nas horripilantes aulas de Física? Toda ação tem uma reação...

Estou farta de desculpas esfarrapadas também. Quando queremos fazer alguma coisa, vamos lá e fazemos. Dificilmente algo nos impede. Falar a verdade também é importante. Eu prefiro mil vezes ser magoada com a verdade do que ser iludida com a mentira. Mas poucos agem assim, mesmo sabendo que a mentira um dia será descoberta... Outra lição que aprendi com a falsidade, não temos como vencê-la, vamos nos unir a ela. Vamos conviver com os falsos, sempre com desconfiança e de olhos bem arregalados. Vamos retribuir com a mesma falsidade o sorriso que nos dão sem nenhuma sinceridade. Um dia as máscaras caem, e nos mostramos verdadeiramente como somos.