quinta-feira, 25 de outubro de 2007

O verão ainda nem começou e eu já estou desejando que ele vá embora. Pela prévia da primavera, já vi que será praticamente impossível manter meu bronzeado cultivado com muito banho de lua... As longas madeixas estão com os dias contados, o pretinho básico será trocado pelo branco, calças serão temporariamente aposentadas. Ou seja, terei um look verão. Só falta deixar de sonhar em me livrar dos quilinhos que ganhei de presente este ano e colocar em prática os meus milhões de planos mirabolantes da seção "eliminar peso".


Por mim seria decretada uma lei que colocasse o ar-condicionado como um dos ítens da cesta básica. E a cada cem metros deveria ter um chuveiro público. Ou poderíamos alterar tanto o meio ambiente de forma que fosse primavera eternamente... a primavera de setembro, claro, quando as temperaturas ainda estão menos escaldantes.

sábado, 20 de outubro de 2007

A filosofia do torcedor de futebol brasileiro

O importante não é ganhar. O que importa é competir sem perder nem empatar.

Contando as horas para o GP-Brasil e o jogo decisivo entre São Paulo e Cruzeiro

Já tive isso antes, e terei sempre. Crise de identidade. Talvez tirando a culinária, não me sobre mais afinidades com a terra onde nasci, me criei, moro e (por mais estranho que pareça) adoro. Falam tanto em baianidade... onde está a minha?


Ser baiano é gostar de Carnaval ou qualquer outra festa com grandes aglomerações? Ser baiano é gostar de axé e pagode? Ser baiano é marcar presença nas festas populares? Ser baiano é misturar candomblé com catolicismo? Ser baiano é ir à praia todo final de semana? Ser baiano é falar as palavras pela metade? Ser baiano é visitar a Igreja do Bonfim pelo menos uma vez por ano? Ser baiano é ser "Baêa" ou "Vitóra"?Ser baiano é tudo isso? Ser baiano não é nada disso? Prefiro acreditar que ser baiano é o mais simples, é nascer na Bahia...


Se não me identifico (pelo menos não muito) com a terra de todos os santos, encantos e axés... me identifico com o ser brasileiro... um tanto paulista talvez, ao comer pizza sempre que possível e me apaixonar pelo São Paulo, ou no profissionalismo exagerado que tanto pregam que os paulistas possuem.... com um sotaque levemente misturado de São Paulo, Rio e Rio Grande do Sul, tchê!!! Com a organização e o senso urbano dos curitibanos, com a paixão pelo mar dos cariocas, felizmente sem a cara-de-pau de um certo local em Brasília.... Será? Não sei, isso é o que dizem de mim, mas o que eu digo de mim????


Serei de Marte???? Não, os homens são de Marte, as mulheres são de Vênus!!!! Todo esse drama simplesmente porque decidi comprar uma bolsa mais estilo artesanal no Mercado Modelo e chegando lá, achei-as lindas, mas não tinham as divisórias que a minha organização requer... compartimento para tal coisa, para tal outra e assim vai. Convicta de que a metade de casa que carrego na bolsa (água, prendedor de cabelo, canetas, lápis, caderninho para anotações, sombrinha, celular, carteira, porta-moedas, grampeador, pente, absorvente, etc, etc, etc). Já me disseram que nem Freud me explica, tanto drama por nada... encarei como elogio, sou complexa demais até para Freud!!!! Eu me entendo e às vezes isso me basta.


Ah, sim, talvez eu deva explicar a falta de nexo entre o título e o post... mas vou deixar que a criatividade de cada um responda. Apenas uma dica: é muito simples.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Turista eu? Uai!!!



Semana passada, estava eu a subir a ladeira do Pelô, quando fui abordada por vendedores de souvenirs... Sim, fui confundida com turista, eu não entendo a razão, mas fui. Terá sido o meu bronzeado mantido à base de muito banho de lua? Terá sido a minha facilidade em adquirir sotaques e o fato de ter conversado com uma mineira durante todo o almoço, uai? Deve ter sido isso... vou começar a contar de novo agora que sei as razões.

Semana passada, estava eu a subir a ladeira do Pelô, quando fui abordada por vendedores de souvenirs... mesmo dizendo que sou baiana, nascida e criada em Salvador (apesar do sotaque mineiro) não tive como escapar da fitinha do Senhor do Bonfim enrolada no braço e da insistência para comprar os colares. Não comprei os colares mas a fitinha... branquinha (terá sido alguma indireta?) com os três nós dos três desejos. Agora me sinto na obrigação de investigar a origem dessa crença. Eu ia cortar a fita mas algumas pessoas aconselharam a deixar, umas com medo de que o pedido não se realize e outras dizendo que assim eu fico livre de outras abordagens... de qualquer forma, a fitinha está aqui.

Os pedidos? Não sei se posso contar... mas um deles foi para nunca mais ser confundida com turista...

sábado, 6 de outubro de 2007

Adorei o jogo mas não gostei muito da piada... sou fã de Ronaldo.

http://jogos.uol.com.br/jogosonline/runronaldorun/

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Eu no EBAJ

Meus poderes sobrenaturais não estão desenvolvidos o suficiente para que eu possa ter feito o relato dos 3 dias usando a clarividência, portanto, eu estava lá e contei o que eu ouvi. Preferi usar uma linguagem jornalística para exercitar um pouco enquanto isso não passa a ser minha rotina (embora de vez em quando eu escreva em pirâmide invertida despropositadamente).

Agora que o "sagrado" já está pronto, vamos ao "profano", ou seja aos bastidores do EBAJ. Tinha um grupo de uma determinada faculdade (que estava cobrindo o evento para alguma publicação interna da instituição) que acompanhou o Encontro com gravadores, máquinas fotográficas e anotações. O que tem demais? Todos eles gravaram, todos eles fotografaram e todos eles fizeram anotações. Em todas as palestras foi assim, embora cada dupla estivesse encarregada de cobrir uma. Sim, eu apurei as informações. Achei curioso.

Eu me policiei e não fiz transcrições completas das narrativas, apenas registrei o que naquele momento me pareceu essencial. Claro, não deixei passar as pérolas mais peroladas, que seguem agora. Eu sei que quando a gente fala a gramática fica no automático, que a gente não verifica se está sendo redundante e repetitivo, e que fala, por questões óbvias, não tem ortografia. Sei também que o neologismo é importante para a evolução de uma língua. Mas, se eu relevasse isso tudo, deixaria esses detalhes despercebidos. Olha o que andou sendo dito por lá...



" ... o jornalista vai se especializar em uma área específica." ( e eu que quero me especializar no geral????)
" conquistou o prêmio IBEST, o Oscar da internet brasileira." ( que linda comparação... and the ibest goes to...)
" Tenho aqui uma pergunta que é quase parecida com a outra." ( quase igual eu já conhecia, agora fiquei sabendo que existe quase parecida)
"... a gente sempre tem uma materinha na gaveta para emergências..." ( aprendi que o diminutivo de matéria não é materiazinha no EBAJ)
"... nós se reuníamos..." ( fiquei sem palavras para comentar...)
" assuntos de uma amplidão dessa..." (sempre achei que amplitude era uma palavra que precisava ser reinventada...)

Por fim, resta comentar da frustração da ausência de Zé Raimundo (já é a segunda oportunidade que perco de conhecê-lo... ) e da alegria de ouvir de Ricardo Kotscho que eu tenho cara de uma jornalista muito séria, em tom de elogio.

EBAJ - Terceiro Dia

O último dia do Terceiro Encontro Baiano de Jornalismo começou cm Suriya Argolo e Jamil Moreira Castro discutindo o Jornalismo de Moda. Os palestrantes comentaram que é difícil trabalhar neste segmento e que o preconceito dentro dos veículos ainda é grande. Atribuem este preconceito a uma idéia errônea de que a moda é algo fútil, sem percebê-la como um fator cultural. Falaram ainda de suas experiências pessoais em coberturas e que esta editoria deve valorizar o local sem desprezar o global.


O período vespertino começa com Simone Bortoliero falando de Jornalismo Ambiental. A palestrante comenta que há poucas pesquisas na área e pouca atenção acadêmica para a questão, o que se reflete no baixo número de cursos de Pós-Graduação e disciplinas na Graduação. Simone defende que a questão ambiental é multidisciplinar, que envolve economia, política, história, cultura. Fala que a área ainda sofre preconceitos dentro do próprio jornalismo e da importância da educação de qualidade começar ainda no ensino fundamental.

Encerrando o evento, Ricardo Kotscho falou sobre os seus 40 anos de carreira, fazendo algumas críticas ao cenário jornalístico atual. Em sua opinião, o jornalista de hoje supervaloriza a fonte oficial, a mídia cede muito espaço para o governo e deixa de dar voz a outros grupos. Critica a editorialização da notícia, a falta de compromisso de alguns profissionais com a responsabilidade social da informação. Comenta que os repórteres passam muito tempo dentro da redação, fala das novas tecnologias e da necessidade de o jornal impresso se modificar para que sobreviva à concorrência com a internet. Ainda respondeu perguntas da platéia sobre sua experiência profissional e opiniões sobre algumas práticas que se vê hoje no jornalismo, a exemplo das câmeras ocultas.



EBAJ - Segundo dia

No segundo dia do Encontro Baiano de Jornalismo, as mesas discutiram a Comunicação Empresarial, o Jornalismo para crianças e o Jornalismo de Turismo.

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Falando sobre Comunicação Empresarial, Márcio Polidoro fez um retrospecto histórico da carreira de Assessor de Comunicação no Brasil, concluindo que a Comunicação que temos hoje começou a se consolidar na década de 1990, quando se desenvolveram as Agências de Comunicação. Falou dos desafios da carreira com as transformações sociais, dos compromissos éticos, da importância da função do comunicador como intermediário entre empresa e comunidade. Já Claudio Cardoso, o outro palestrante do tema, centrou sua explanação em sua experiência pessoal e na importância de uma boa formação para o comunicador.

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No período da tarde Yaskara Cavalcante e Mônica Rodrigues falaram sobre as peculiaridades do jornalismo feito para criança, no desafio de adequar o conteúdo e a linguagem ao público mantendo as técnicas de produção e estrutura da notícia. Ressaltaram a importância desse jornalismo na formação da cidadania e também de um público leitor. Já Carla Aragão, representante da ONG Cipó e terceira integrante desta mesa falou dos aspectos legais de direitos da criança e da necessidade dos veículos de comunicação conhecerem essas leis pois, muitas infrações ainda são cometidas pela mídia.


Para encerrar o dia de discussões, Heloísa Braga e Cláudio Magnavita falaram do Jornalismo de Turismo. Especialização, compromisso com o público, o papel do jornalista, a vocação para a profissão e a relação com os agentes político-econômicos foram alguns dos temas discutidos.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Panelaço no EBAJ

Criado através da iniciativa de um grupo de alunos da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, o Encontro Baiano de Jornalismo chega a sua terceira edição. Em debate, "as novas perspectivas de atuação no mercado". O evento, que conta com a participação de profissionais e estudantes dos diversos cursos de Jornalismo da capital, acontece nos dias 01, 02 e 03/10 na Reitoria da UFBA.


O primeiro dia
No abertura dos trabalhos, a jornalista Graça Caldas falou sobre Jornalismo Científico. Graça discursou sobre o papel social da informação e da responsabilidade do jornalista. Apontou as características da cobertura jornalística na área de ciência e tecnologia, e em alguns momentos traçou analogias entre o fazer ciência e o fazer jornalismo. Falou ainda, da importância da parceria entre essas duas áreas no desenvolvimento de uma sociedade.


Na primeira mesa do período da tarde, a discussão gerou em torno do Jornalismo de Serviços, com os palestrantes João Mauro Uchôa, do Jornal A TARDE, e Antônio Dias, da Folha Dirigida. Ambos destacaram as dificuldades de uma especialização na área de serviços, sobretudo na área de mercado de trabalho, que por seu dinamismo, exige atualização constante e dedicação do jornalista. Concluíram que o Jornalismo de Serviços é uma tendência irreversível para os produtos jornalísticos, sobretudo os veículos impressos, que sofrem uma desleal concorrência com os meios eletrônicos pela instantaneidade dos fatos e tentam oferecer serviços diferenciados ao público leitor.


Para encerrar o dia, Iloma Sales (A TARDE On Line), Rodrigo Vilas Boas (A TARDE) e Lucas Pretti (Portal do Estadão), debateram a tecnologia, tanto como pauta para o jornalismo, em seções especializadas como o caderno "Digital" do Jornal A TARDE, como na sua utilização na produção e divulgação da notícia.


Contratempos


Enquanto os participantes do EBAJ discutiam os temas do evento, um grupo de estudantes da Universidade Federal da Bahia, promovia um panelaço na Reitoria, reivindicando maior atenção da Universidade com a Residência Universitária. Um representante do movimento estudantil, que se identificou como Márcio, estudante de Educação Física, pediu espaço no EBAJ para esclarecer aos participantes os motivos da ocupação da Reitoria e se desculpar pelos transtornos causados com o barulho. Segundo Márcio, a Superintendência Estudantil da UFBA não assiste os estudantes de maneira satisfatória, chegando até mesmo a faltar alimentos. Acrescenta que as negociações com a Universidade são difíceis, e que só mesmo com um panelaço os estudantes se fariam ouvir.
A platéia ficou dividida entre apoiar ou não o movimento dos alunos da UFBA. A Reitoria pede que os estudantes desocupem o prédio para que se possa negociar e os estudantes dizem que só desocupam quando forem atendidos. Enquanto o impasse prossegue, os palestrantes do EBAJ também se esforçam para serem ouvidos em meio a tanto barulho.