sábado, 19 de setembro de 2009

Baianidade

Este texto chegou até mim com autoria atribuída a Nizan Guanaes, publicitário fantástico. Como na internet a credibilidade das informações ainda não é 100%, caso não seja da autoria de Nizan, ficam as minhas desculpas a ele e ao verdadeiro autor. Talvez vocês já conheçam... Pra mim este texto é importante. Agora sim consigo identificar traços de baianidade em mim... ainda que não sejam tão gritantes...



"Não gosto quando se referem à Baianidade com o estereótipo da preguiça. Da falta de sofisticação. Pierre Verger fotografou a Bahia, e os corpos que ele retratou são peitos, troncos e bundas enrijecidas pela história e pela vida dura. São homens açoitados pela escravidão. A Bahia é graça, prazer, leveza, mas ela é também luta. O Brasil ficou independente com um grito em 1822. A Bahia teve que lutar, morrer e vencer para expulsar de vez os portugueses em 2 de julho de 1823.
Castro Alves, o maior poeta brasileiro, morreu aos 24 anos, deixando uma obra imensa. Ou seja, trabalhou muito para deixar tanto em um tempo tão curto de sua existência.
Todos os anos o povo da Bahia anda 12 quilômetros com potes de água na cabeça para lavar as escadarias de nosso pai, Oxalá.
No Carnaval baiano, enquanto milhões se divertem, milhares trabalham dia e noite cantando, tocando, vendendo, para que o nosso povo e gente de todo o mundo possam se divertir.
Além disso, quem construiu todas aquelas igrejas, aqueles fortes, monumentos? Nós. Quem colocou cada pedra no Pelourinho? Nós. Quem foi açoitado no tronco que deu ao Pelourinho seu nome? Nós.
Quem escreveu músicas, filmes, encenou, pintou, esculpiu parte significativa da produção artística deste país? Ano após ano, década após década? Nós, os baianos.
Joana Angélica, Maria Quitéria são ruas no Rio de Janeiro, mas na Bahia são sofrimento, luta e heroísmo. A Bahia é luta, mas ela compreende que a vida não é só isso. E não é. E é por isso que essa tal Baianidade atrai em todas as férias e feriados estressados de todo o mundo.
Na costa da Bahia, o melhor conjunto de resorts do Brasil foi construído para que você possa experimentar o melhor da vida, e a gente trabalha enquanto você descansa. O reitor Edgard Santos, baiano de boa cepa, fez uma das significativas obras de produção acadêmica e cultural, com contundente dedicação. Lamento que a Bahia seja tão amada, tão exaltada e tão pouco compreendida.
Todos aqueles coqueiros e boa parte das frutas e especiarias que a Bahia tem não nasceram ali: vieram de outras índias e foram plantados pelas mãos calejadas do povo da Bahia.
Mas o mundo é de percepção. E, lamentavelmente, as novas gerações, por incompetência nossa, herdaram a parte mais vulgar, mais inculta, mais básica e folclórica desta Baianidade.
Cabe a nós, os velhos, passarmos pela tradição oral, que é de fato Baianidade.
E lembrar a quem dança na Bahia que, enquanto ele dança, alguém toca. Que enquanto ele reza, alguém constrói igrejas. Ou seja, na Bahia o trabalho é voltado para o lazer e encantamento do mundo.
E toda vez que você chegar estressado e branco e sair moreno e feliz, chegar descrente e sair otimista e apaixonado, nosso trabalho, nosso papel no mundo estará sendo cumprido.
Baianidade é enfrentar a dura vida de uma maneira que ela pareça menos dura e mais vida.
E para que exerçamos a plena Baianidade, é preciso que entendamos plenamente do que é que somos orgulhosos.
Sou orgulhoso da Bahia mãe de Menininha, Cleusa, Carmem, Stella, do grande Obarain e de Padre Sadock, Padre Luna e Irmã Dulce.
Sou orgulhoso da Bahia de Ruy Barbosa, Glauber, ACM, Luis Eduardo, Jacques Wagner, Waldir Pires - estilos diversos da mesma paixão baiana que nasceu no 2 de julho.
Sou orgulhoso de Gil, Caetano, Bethânia, Gal, de Jorge, meu amigo amado.
Sou orgulhoso de Caribé, Verger, Lícia Fábio, que não nasceram na Bahia, mas a Bahia nasceu deles.
Sou, enfim, orgulhoso dos filhos da Bahia. E por isso sou tão orgulhoso do Brasil.
O Brasil é o maior filho da Bahia. Ele nasceu lá no dia 22 de Abril de 1500 e é por isso que os brasileiros ficam tão felizes quando vão à Bahia. Porque eles estão, na realidade, visitando os parentes, revendo suas raízes.
Baianidade é enfim o DNA do Brasil, é o genoma do país. Quando o Brasil vai à Bahia, ele volta para casa."

Paquerar é um verbo dificil de conjugar

Fim de semana, vamos reunir as amigas solteiras e sair para paquerar. Depois da conferência através do MSN, decidimos por um barzinho ou por cinema. Mas... as coisas mudam. Barzinhos e shoppings, que ontem na nossa adolescência eram locais ideais para a paquera, hoje não passam de lugares legais para boas conversas ou para curtir um bom filme. Vejamos:

Decididamente barzinho não é mais um lugar onde a paquera rola solta ( e algum dia foi?). Olhando ao redor, o que vemos é que a cada cinco mulheres que entram, chegam dois homens. As mesas são ocupadas por casais, aqueles grupos grandes com cara de colegas de trabalho em happy hour ou aniversários, ou ainda os clubes do Bolinha e da Luluzinha. Elas em uma mesa, eles em outra. Comem, bebem e saem. Bilhetinhos trocados, olhares... nada mais acontece. Elas vão ao toilete, sempre em dupla. Eles olham, mas não conseguem se separar da "loira" que está ali geladinha a seduzi-los. Elas se vêem como concorrentes, estão sempre em busca dos pontos fracos das adversárias e... isso é inútil. Por mais que se degladiem, o "prêmio" é que escolhe quem vai ser a vencedora... pelo menos por aquela noite. Você não foi a escolhida da vez, paciência. Vamos ao cinema?

Shopping também não é mais lugar para se paquerar. Na praça de alimentação, se repetem as cenas dos barzinhos. Na fila do cinema, predominância de casais. Os homens que estão na fila sozinhos são os cinéfilos que não tem olhos para outra coisa que não seja a tela ou aqueles para quem você olharia somente se fosse o último homem na face da Terra (e olhe lá, talvez fosse melhor não se sacrificar tanto para preservar a espécie). Eles já não vão em grupo ao cinema, e quando vão, são os da faixa etária em que os hormônios ocupam o lugar dos neurônios. Ou seja, aquele estilo "cala a boca e beija logo", porque você não tem paciência para ouvir tanta asneira. Ou seja, alternativa válida somente para momentos em que o desespero nos leva a cometer loucuras....

E chega a segunda-feira. Mais um fim de semana de muita diversão com as amigas e só. Que venha o próximo fim de semana, quem sabe ele não nos traz mais sorte?


O peixe gelatinoso

A natureza é realmente perfeita e surpreendente. Para quem achava que já tinha visto tudo na vida, surge o peixe gelatinoso. Eu amo peixe, mas esse... eca, deu vontade de comer não. Vejam nessa notícia.

sábado, 12 de setembro de 2009

Pontuação correta!!!!

Não sei quem escreveu isso mas adoro!!!!

A IMPORTÂNCIA DA PONTUAÇÃO

Um homem rico estava muito mal. Pediu papel e pena. Escreveu assim:
"Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres."
Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava ele a fortuna? Eram quatro concorrentes.
1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito: Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.
Assim é a vida. Nós é que colocamos os pontos. E isso faz a diferença.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Twitter

Se fora da internet a febre do momento vem acompanhada de outros sintomas por causa da gripe A, na internet a febre do momento vem acompanhada (pra mim) de um sentimento de frustração.

Não sei se é por ter uma vidinha mais ou menos, sem grandes novidades, ou se é porque não gosto de ficar expondo muitos detalhes da minha vidinha mais ou menos, mas... eu não me viciei no twitter. Resolvi entrar depois de receber uma avalanche de convites. Até gosto de ver as postagens de algumas pessoas, umas dicas legais para a agenda cultural, notícias... até rotina de alguns é legal. Mas, imagina minhas postagens... Se eu tivesse acesso no trabalho, o dia todo seria "estou no trabalho","estou cansada", "a agência está cheia"?

Talvez seja falta de inspiração, até pro blog estou sem palavras... nem as bobagens de costume...