segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Adeus, 2012! Bem vindo, 2013!

E 2012 vai se despedindo. Um ano que não conseguiremos esquecer. Pelo amor ou pela dor, 2012 deixa marcas. É a vida que segue o seu ciclo natural. Alguns nascem, outros morrem, uns choram e outros riem. Mas se eu tiver que definir 2012 em palalvras, escolho aprendizado, amadurecimento.  O julgamento do mensalão e as respostas das urnas nas eleições municipais (e o elevado índice de abstenção) nos ensinaram que devemos participar mais da política, que devemos ser mais cidadãos, que todos temos responsabilidade pelo destino do nosso país. Encerrar o ano sem Chico Anisio, sem Hebe Camargo, sem Oscar Niemayer, sem Dona Canô (entre tantos outros) nos ensina que coadjuvantes não fazem História. É preciso fazer a diferença.


No meu mundo particular, 2012 foi um ano bom.  Um ano em que reencontrei o prazer da leitura e do estudo, que andavam adormecidos em mim. Um ano de decisões importantes, de encerramento de ciclos, de início de novos desafios. Um ano para fortalecer amizades antigas, para descobrir outras novas, e para aprender a lidar (e afastar de mim, claro) com as pessoas que chegam em nossas vidas com a única missão de trazer discórdia e instabilidade. Devo-lhes sinceros agradecimentos por todo o amadurecimento que provocaram em mim.


E que venha 2013! Mas não adianta nada esperar que seja um ano bom. Temos que fazer com que ele seja um ano bom. É tempo de avaliar nossos hábitos, nossas atitudes e deixar em 2012 tudo aquilo que nos afasta da felicidade. Ser feliz não é dificil, não é impossível, pelo contrário. Basta querer, basta acreditar, basta ser.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Segundo round

O segundo turno das eleições municipais se aproxima. No próximo domingo, a primeira capital do Brasil, assim como diversos outros municípios, elege o prefeito para os próximos quatro anos. No primeiro turno, seis candidatos na disputa pela cadeira no Palácio Thomé de Souza. Com abstenção de 20% dos eleitores, a votação apontou um novo embate para o segundo turno, entre ACM Neto (DEM) e Nelson Pelegrino (PT).

Não gosto do voto em branco, não gosto do voto nulo, acho importante participar do processo democrático, escolher meu representante, expressar minha opinião. Mas sinto que a minha decisão daqui a dois dias será por um destes dois votos. Tentei escolher um dos dois candidatos e resolvi assistir aos programas eleitorais e aos debates promovidos pelas emissoras de televisão na capital baiana. 

Na maior parte do tempo, o que vi foram troca de acusações. Era "mentiroso" para um lado, "fracassado" para o outro. Um empurra-empurra sobre a responsabilidade da não conclusão das obras do metrô de Salvador (com apenas 6km) depois de mais uma década. O candidato petista resolve acusar o adversário de ser "denorex", em referência a um xampu anticaspa da década de 80, que ficou famoso pela propaganda onde dizia que parece remédio mas não é (por causa do cheiro do produto). 

Uma campanha cheia de direitos de resposta, de uma discussão vazia sobre quem fez mais pela Bahia, uma tentativa desesperada de ambos os lados de atrelar o oponente ao impopular governo municipal na atualidade. Os problemas da cidade utilizados apenas para culpar fulano ou beltrano. O que eu quero saber é o que pretendem fazer para resolver os problemas e, então, analisar as duas propostas para escolher a que considero melhor. Mas os candidatos não querem isso. 

E não tenho nem como votar pela história dos candidatos, ou pelo partido. Os dois defendem coisas que não concordo. Resumindo: meu voto não será válido. Sei que isto é abrir mão de meu direito e deixar que escolham por mim.. Mas se não tenho elementos para decidir, o que me resta é acatar a decisão da maioria... e torcer para que seja a melhor. Senhor do Bonfim nos ilumine!

sábado, 22 de setembro de 2012

Deficiente? Nossa sociedade é sim, bastante deficiente

Ontem foi o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e por causa disto, durante a semana, muito se falou na questão em eventos organizados por entidades diversas. Tive o privilégio de participar de um destes, uma das melhores experiências que já vivi. Imaginar a vida destas pessoas é muito diferente de ouvir o relato delas. Recomendo a todos que tiverem uma oportunidade que parem para escutar o próximo, independente de quem seja ele (com deficiência ou não). Será sempre uma lição aprendida.

Neste evento, fiquei sabendo que coisas que pareciam tão óbvias foram alvos de grandes e longas batalhas. O guichê adaptado dos bancos, por exemplo. Outras coisas me indignaram (e isto eu já sabia) como a falta de respeito às vagas de estacionamento exclusivas para deficientes ou o comportamento de alguns motoristas de ônibus, que deixam os cadeirantes sem transporte para não ter que '"perder tempo"operando o elevador. 

E outras coisas ainda me emocionaram. Como não se sentir impotente diante da barreira de comunicação com os surdos? Como não se sentir tocado com a cadeirante que pede apenas o direito de exercer seus direitos? Direito de ir e vir, de frequentar uma escola, de ter acesso a saúde, cultura, lazer, de ser mulher, de ter independência, liberdade. Não é isso que todos nós queremos???  Independente de ser cego, surdo, cadeirante, deficiente intelectual, não somos todos seres humanos, cidadãos, eleitores, contribuintes????

Sob qualquer ângulo que a gente escolha para analisar a situação, vamos chegar a conclusão de que ainda estamos muito longe de compreender a realidade das pessoas com deficiência. Não bastam leis, é preciso também a fiscalização que garanta o cumprimento dos instrumentos legais, e, o mais importante: é preciso educar a nossa sociedade para respeitar as diferenças. Nem todo deficiente nasce com esta condição e basta usarmos um pouco de lógica para sabermos que nenhum de nós está imune ao problema. Ainda mais com os índices crescentes de violência urbana.

Enquanto não investirmos em educação, seremos uma sociedade deficiente. Uma sociedade incapaz de enxergar que a luta pelo direito dos deficientes não é apenas deles, é de todos nós. Podemos sim ter um mundo mais justo e mais igual, só depende de nós. Não vamos nos calar ou ficar inertes diante de uma situação de preconceito, discriminação ou falta de respeito. Não é tão difícil assim, basta você agir como gostaria que agissem com você.

domingo, 16 de setembro de 2012

Acabou-se a minha baianidade

Esta foi uma semana de rendição a guloseimas e coisas calóricas. Primeiro, o aniversário de minha mãe. Estava feliz porque ao entrar na loja para encomendar a torta tive uma súbita vontade de comer... salada de frutas! Achei que seria fácil comer apenas um pedaço, e que isto não seria um prejuízo muito grande... mas torta de aniversário quase sempre sobra.... e no dia seguinte, mais um pedaço. 

Carregar a culpa neste momento não adianta em nada. Tratei logo de compensar e aumentei o ritmo do treino aeróbico. E, claro, reduzi os carboidratos a quase zero no dia seguinte. E então, tivemos aniversário no trabalho. Pensei que sair da dieta uma vez só não faz mal nenhum. Engano. O cardápio, uma das saborosas moquecas da culinária baiana. Apesar de não estar muito carregado no dendê (como é costume por aqui), meu organismo estranhou. A sensação de mal estar e de que eu havia comido uma tonelada perdurou o resto da tarde.

Conclusão: o que restava da minha baianidade acabou. Meu estômago está intolerante com azeite de dendê.

Apesar de tudo isso, tive consulta com o médico esta semana e ele falou que tive redução de peso e de medidas. As medidas mais estimulantes que o peso, o que é natural para quem está praticando exercícios físicos e ganhando massa muscular. Outro ponto importante: os índices de colesterol e o triglicérides que estavam altos entraram em padrões de quase normalidade. Mas, apesar do prejuízo não ter sido tão grande nos números, a sensação de mal estar é péssima. Prefiro a sensação de bem estar que a alimentação saudável proporciona. Não tenho como me livrar dos aniversários, mas marcar presença não significa comer de tudo que está sendo servido. Fica a lição.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

"Interrompemos a nossa programação para a transmissão do Horário Eleitoral Gratuito..."

O Horário Eleitoral Gratuito passou por uma série de transformações para se adaptar à linguagem televisiva e atrair a atenção do eleitor. Antes de prosseguir o raciocínio, me permito um parêntese. Utilizei propositalmente a expressão televisiva ao invés de midiática porque muitos candidatos ainda utilizam o áudio dos programas exibidos na televisão para o rádio. Na minha opinião, perdem uma excelente oportunidade de explorar as características singulares do rádio em nome de baixos custos. 
Mas, retomando a ideia inicial, o Horário Eleitoral Gratuito de hoje, de forma geral, apresenta elementos dos telejornais, da dramaturgia e até mesmo dos comerciais para atrair a atenção do público. Acredito que ainda tenhamos espaço para outros formatos, principalmente os do ramo do entretenimento. Não vai ser nenhuma surpresa para mim ver algo de reality show ou talk show nos trinta minutos da propaganda eleitoral. 

Acompanhar o programa eleitoral hoje é mais fácil do que na minha infância, e eu gostava de assistir ao programa na minha tenra idade... O período mais curto, a alternância entre os candidatos ao legislativo e executivo durante os dias da semana e a presença da linguagem televisiva tornaram o programa bem mais agradável. Entretanto, parece que em nome da forma alguns esquecem o conteúdo... 

Na semana passada, um determinado candidado à Prefeitura de Salvador apresentava os problemas da cidade em seu programa e dizia que "precisamos resolver". Sim, isso eu já sei. O que eu não sei é como ele pretende resolver, em momento nenhum esta pergunta teve respostas... Em época de influência da linguagem televisiva, até pensei que ia aparecer um apresentador a me oferecer as opções: "Se você acha que a melhor solução é X, ligue para o número tal. Mas se na sua opinião a melhor coisa a fazer é Y, ligue para tal número. O final você escolhe, você decide".



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Ou chova ou faça sol

Sexta-feira chuvousa, trânsito mais complicado que o normal... por cinco segundos o pensamento é ir para casa. Lembro que o treino programado para hoje na academia é o que eu menos gosto, que concentra mais exercícios para braços do que para pernas. Outrora isto seria um motivo a mais para escolher o caminho de casa e não o da academia... mas hoje foi diferente. Um pensamento lógico pôs fim ao conflito interno: se eu não fosse hoje, a ficha ficaria para segunda-feira, então, é melhor me livrar logo dela e começar a semana com a ficha seguinte, que é a que mais gosto!

Quando cheguei à academia, a chuva passou. Parece até que foi uma provação... se foi, passei. Mesmo cansada, fiquei muito feliz com a minha escolha. Costumo brincar que estou em uma fase espartana, mas não chega a tanto. Afinal, minha essência é ateniense! E mais uma vez defendo que o melhor é sempre o equilíbrio. Não é fácil, mas não vamos conseguir se não tentarmos. Enfim, esta conversa fica mais detalhada em uma outra hora. Termino por aqui, apenas para deixar a dica que a preguiça pode ser vencida em qualquer situação, basta querer, basta lembrar dos objetivos que traçamos e ter em mente que o alcance deles depende apenas das nossas escolhas.

sábado, 18 de agosto de 2012

Marketing esportivo

Não é porque eu resolvi que compartilharia minha experiência da guerra com a balança com o mundo que só vou escrever sobre isto agora. Continuo na batalha, que não está fácil. Hoje vou falar sobre futebol, o negócio futebol. A cada dia que passa a publicidade em torno deste esporte aumenta. E parece não ter limites...

As cotas de patrocínio para a transmissão televisiva são astronômicas. Nos estádios, as placas de publicidade em volta do gramado não são baratas. E os uniformes dos jogadores? Parecem outdoors ambulantes, com tantas marcas. E os uniformes da arbitragem, que antes eram imunes, entraram nas cifras! E ainda tem as marcas nas camisas dos torcedores, os objetos comercializados com o distintivo do clube...

Isto dá retorno, sem dúvidas. E não acho que seja errado este investimento, qual empresário não quer incrementar os negócios? Mas este marketing esportivo que se resume a futebol gera um ciclo vicioso. As cifras vão atrás da visibilidade do esporte mais popular do Brasil, e a visibilidade depende também das cifras. Com isto, as demais modalidades ficam em segundo, terceiro, quarto, milésimo plano. 

Se alguns resultados aparecem e outras modalidades vivem os quinze minutos de fama,  os investimentos vão atrás. Mas para que continue a parceria, precisam de mais resultados. E normalmente, para que se tenha mais resultados é preciso mais parcerias. E enquanto esta história do ovo e da galinha não se resolve, o dindin vai para o futebol. Gramado e arquibancada devem ser os próximos alvos das marcas, sempre visando o coração e a cabeça do torcedor/consumidor.

domingo, 5 de agosto de 2012

Momento desabafo

Brasileiro não valoriza outras medalhas que não sejam a de ouro, como se ficar entre os três melhores do mundo em uma modalidade esportiva não tivesse valor nenhum... Estou acompanhando as Olimpíadas e torcendo, e claro que esperava mais de alguns atletas... mas decepções também fazem parte do jogo. Independente disto, o que me preocupa agora são os gastos excessivos que com certeza virão na edição dos Jogos Olímpicos do Brasil. A quatro anos dos jogos nem sinal de previsão orçamentária... com certeza isto não é em vão.

A Copa do Mundo já quase dobrou os recursos previstos no orçamento inicial. Eu me recuso a acreditar que brasileiro não saiba planejar, de forma que só me resta concluir que as obras parecem ser atrasadas de propósito para facilitar a liberação de rios de dinheiro para o cumprimento dos prazos. A última Copa do Mundo trouxe prejuízos para a África do Sul e não considero que a do Brasil vá ser diferente.

A única chance que temos de mudar essa "rotina" é renovar os nossos representantes legislativos e executivos. Infelizmente, muitas caras novas que chegam no baile aprendem rapidamente a dançar conforme a música. Voto é coisa muito séria, não devemso escolher o menos ruim ou qualquer um. Se ninguém te agrada, diga isto, vote nulo. Não escolha um candidato como protesto,  as consequencias podem ser desastrosas. Então, ainda insisto em acreditar nas pessoas. Não vou jogar a toalha porque a esperança ainda é a única coisa que nos resta.

domingo, 22 de julho de 2012

Primeira Semana

Se tem uma coisa que me deixa feliz é acordar com um lindo dia de sol... mesmo que ele esteja incidindo diretamente na tela do computador e atrapalhando a minha postagem... A postagem da primeira semana da operação medidas. Reviravolta nos hábitos, mudança total. Tão dedicada à academia, que acabei exagerando e sentindo dores nas pernas. Fica então a primeira dica: Super Homem e Mulher Maravilha são personagens de quadrinhos! Na vida real, respeite seus limites. 

Comecei destacando a academia porque, ao contrário da maioria das pessoas, para mim é mais fácil fechar a boca do que malhar. A preguiça impera na hora da prática da atividade física. Vencer essa batalha é uma luta constante. Sei que tudo é mais difícil nos primeiros dias, e este é o momento mais importante. Não é fácil, mas temos que começar a encarar a academia ou qualquer outra atividade física como uma obrigação a mais na nossa rotina. Quando os resultados começam a aparecer (e não estou falando somente na mudança na numeração do manequim, mas da disposição física) o que antes era obrigação passa a ser entretenimento. Comigo foi assim na época mais disciplinada da minha vida, e sei que posso alcançar isso novamente. 

Quanto à alimentação, estou seguindo direitinho as recomendações da nutricionista. As tentações são muitas, meus colegas de trabalho tem o hábito de levarem lanches coletivos... Somente nesta primeira semana, tive que resistir a pão de batata, biscoito recheado, batata-frita, e bolo de tapioca...  sem contar as guloseimas... Fica outra dica: as pessoas oferecem as coisas para você mas você não é obrigado a aceitar. Depois  do terceiro dia de "não, obrigada", o "quer tal coisa?" mudou para "nem vou te oferecer porque sei que você não vai aceitar". 

Outra coisa, dizer não é mais fácil do que parece. É só você olhar para o alimento proibido e pensar: se eu comer isso eu vou ter um quilo a mais para eliminar. A nutricionista me ensinou que a vontade de comer doces passa quando consumimos as frutas cítricas. Então, minha sobremesa agora alterna entre laranja e tangerina, já que o período imediatamente depois do almoço é a hora em que eu mais tenho vontade de comer doces. 

Enfim, estou muito orgulhosa de mim mesma. Está sendo um grande prazer me reencontrar, redescobrir a minha discpilina - que estava apenas adormecida. Não estou muito preocupada com o peso agora, estou até evitando encarar a balança. Ainda é muito cedo para esperar resultados. E fica mais uma dica: se preocupar com as medidas é mais importante, já que massa muscular também pesa e ganhamos massa quando estamos malhando regularmente.

O sucesso está a caminho. Como posso ter certeza? Ele depende apenas de mim agora, e eu estou determinada a alcançá-lo.


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Operação medidas

Basta ler algumas das postagens antigas para saber que a minha briga com a balança não surgiu agora. Fui gordinha a vida toda e sempre sonhei em deixar de ser, mas não fazia nada para mudar a situação. Nunca me esforcei para resistir a guloseimas, nunca gostei de atividades físicas. Mas a coisa foi se agravando quando comecei a usar anticoncepcional. Primeiro, os hormônios interferem no peso, depois acontece o inverso. Consequencias: ganho de peso, baixa estima, mal funcionamento do intestino, retenção hídrica e adiposa. 

Quando parei de usar os anticoncepcionais, resolvi mudar minha vida. Comecei a fazer uma dieta que encontrei na internet e obtive alguns resultados, mas dedici procurar orientação profissional. Passei a frequentar a academia e o consultório da nutricionista. A perda de peso foi gradual e saudável, e apesar de ter emagrecido treze quilos, a sensação visual era de que eu tinha emagrecido uns vinte, por causa da redução de medidas. 

Na época, várias pessoas me disseram que seria bom compartilhar minha experiencia no blog, como um passo a passo, um guia para os gordinhos. Minha disciplina era invejada e/ou admirada. Estava indo tudo muito bem, mas precisei fazer tratamento hormonal mais uma vez. Novamente o ponteiro da balança fugiu do controle. Engordei de volta os treze quilos mais um. Claro que a culpa não foi somente dos hormônios. Os primeiros quilinhos extras me trouxeram de volta a preguiça, a falta de disposição e o prazer da gula.

Mas tinha uma coisa diferente nesta história: eu. Por mais estranho que isto possa parecer, já que acabei de dizer que eu havia voltado aos meus velhos maus hábitos, a verdade é que agora eu tinha a consciência de que estava fazendo escolhas erradas. Agora eu já sabia como é entrar em uma loja e comprar a roupa que você gostou, não a que cabe em você. Também já sabia como é ter mais disposição, como a atividade física pode ser prazerosa.

E resolvi mudar mais uma vez. Cansei de ser gordinha, cansei de alterações de humor por causa da baixa estima, cansei do efeito sanfona. Busquei ajuda profissional mais uma vez. Marquei uma consulta com um endocrinologista, que me pediu alguns exames. Hoje fui levar os resultados, e ele me deu algumas orientações. O próximo passo é procurar uma nutricionista, para que faça um cardápio que possa corrigir algumas falhas que o médico identificou. E claro, a academia. Um pouco mais de dedicação não vai fazer mal algum, pelo contrário. 

Além da convocação de um endocrinologista para o meu exército de luta contra a balança (na qual eu sou a comandante, afinal tudo depende de mim), a novidade desta vez é o relato no blog. Os anseios, as expectativas, as frustrações, as conquistas. Mesmo que não tenha um leitor sequer, vai ser bom voltar aqui depois de algum tempo e acompanhar essa fase importante da minha vida. O sucesso está a caminho!

sábado, 23 de junho de 2012

Vìcio de linguagem escrita digitada

Vícios de linguagem... lembra deste assunto? Acabei de lembrar disto digitando um endereço no navegador de internet, quando um estalo me veio: será que temos vícios de linguagem escrita (digitada)? Acho que sim. Eu por exemplo, tenho o hábito de digitar 4w nos endereços web (wwww) e só me dou conta do que fiz quando aparece que a página não pode ser exibida e manda eu verificar se o endereço digitado está correto...

E não é somente isto. A cada dez vezes que digito social, em nove o resultado na tela é socila. Instituto também é uma palavra que trava os dedos... normalmente escrevo errado. E-mail é outro termo que escrevo mais errado do que certo. Meu chefe tem problemas com o acento circunflexo. Toda vez que ele precisa usar, acerta na segunda tentativa. Então, isto só pode ser vício de linguagem escrita digitada. A gente sabe que não é certo, mas escreve assim mesmo...


sexta-feira, 8 de junho de 2012

A ação da gravidade nos notebooks

Sabe aqueles dias em que você está ansioso demais, tem dificuldades de concentração e pensa em comer muita besteira? Tive um dia assim esta semana. A Lei de Murphy entrou em ação e, como se não bastasse todo o turbilhão de adrenalina causado pelos fatores biológicos, os fenômenos da Física vieram agravar as coisas. Com o metabolismo mais acelerado que carro de Fórmula 1, acabei permitindo (sem querer, claro) que o notebook sofresse a ação da gravidade... Tudo não passou de frações de segundos, mas a cena ficou na minha memória em câmera lenta.


Nem consegui gritar, por duas razões: primeiro, porque não deu tempo mesmo. Segundo, porque tenho a convicção absoluta de que isto não adiantaria nada. Quando olho para o estrago, vejo o teclado separado do resto do equipamento. Raciocínio prático e um pequeno alívio "é só encaixar de volta". Pronto, estava novamente tudo no lugar mas... o teclado não funcionava. Reiniciar a máquina, claro! Não deu certo. Faltando dez dias para entregar o trabalho de conclusão de curso da Pós-Graduação, era tudo o que eu precisava...

Conversei com meu chefe e saí mais cedo hoje. Levei o notebook na assistência técnica e o primeiro contato que tive com o técnico foi assustador. "Se tiver que trocar o teclado, vamos ter que pedir à fábrica, e leva uns quinze dias para chegar". Engoli o choro. Novamente pensei "não vai adiantar nada chorar". Expliquei a minha situação para o rapaz, e ele levou o equipamento para verificar. Uma espera de vinte minutos aproximadamente, mas com uma sensação de um dia inteiro. E chega o veredito: "está pronto, pode testar". 

Devo ter reagido como criança que descobre o brinquedo novo deixado pelo Papai Noel no sapatinho. E o melhor de tudo... mesmo com o computador tendo sofrido ação da gravidade, ele conseguiu incluir na cobertura da garantia!!! Só foi o custo do susto mesmo. Agora é reformatar o trabalho todo (para adiantar eu estava usando o computador do trabalho na hora do almoço, e tem um editor de texto diferente do meu - desconfigura tudo este vai e volta) e terminar a parte que falta. 

E fica a lição: a vida é feita de ações e reações. O universo te devolve o que você joga para ele. Só tenho a agradecer...



segunda-feira, 4 de junho de 2012

Idiotas, uni-vos!

Falsidade, eis uma coisa que a vida me ensinou a lidar. Aprender a lidar não significa concordar, nem tão pouco me impede de ter aborrecimentos. E quando a falsidade vem acompanhada das "amiguinhas" irresponsabilidade, falta de compromisso e falta de ética é impossível evitar tais aborrecimentos. Ser responsável parece que é algo que veio impregnado no meu DNA, certamente herdado do lado materno.

Desde que me entendo por gente, a responsabilidade e a seriedade com que encaro as coisas na minha vida são comentadas por todos que cruzam meu caminho. Sei que alguns comentam com admiração e outros por interesse... acho até que consigo ler seus pensamentos..."esta idiota vai fazer tudo e eu não vou precisar fazer nada".

Fazer sua parte não é mais do que sua obrigação, mas parece que a cultura por aqui é encontrar alguém que faça a sua parte por você. Os idiotas, como eu, que são responsáveis demais para conseguir desonrar os compromissos que assumem. Muitas vezes ser idiota é o único caminho, não há outra alternativa pois, se não fizermos a parte dos outros, seremos prejudicados. E sabendo disso, os não idiotas deitam e rolam.

Certa vez me acusaram de não saber trabalhar em equipe. Nesta versão moderna de equipe onde um trabalha e os outros dividem os louros, eu realmente não me sinto bem. Problemas todos nós temos, mas se eu consigo equilibrar as coisas e cumprir com meus compromissos profissionais mesmo quando tenho problemas de ordem pessoal, todos conseguem. Não sou a She-Ha, a Mulher Maravilha, não tenho super poderes, sou um ser humano comum, nem melhor, nem igual e nem pior do que nenhum outro ser humano - o que prova que é perfeitamente possível ser responsável, é tudo uma questão de vontade.

Aprendi a lidar com isso de maneira educativa, e até um pouco egoísta. Se a tarefa não feita não me prejudicar, ela continuará não feita. E os que deixaram de cumprir suas obrigações vão ter que arcar com as consequencias dos seus atos. Não é assim que aprendemos nas horripilantes aulas de Física? Toda ação tem uma reação...

Estou farta de desculpas esfarrapadas também. Quando queremos fazer alguma coisa, vamos lá e fazemos. Dificilmente algo nos impede. Falar a verdade também é importante. Eu prefiro mil vezes ser magoada com a verdade do que ser iludida com a mentira. Mas poucos agem assim, mesmo sabendo que a mentira um dia será descoberta... Outra lição que aprendi com a falsidade, não temos como vencê-la, vamos nos unir a ela. Vamos conviver com os falsos, sempre com desconfiança e de olhos bem arregalados. Vamos retribuir com a mesma falsidade o sorriso que nos dão sem nenhuma sinceridade. Um dia as máscaras caem, e nos mostramos verdadeiramente como somos.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Sem chorar pelo suco derramado!

Na eterna guerra contra a balança, cada batalha vencida tem que ser comemorada. Determinação é o general que nos conduz rumo ao objetivo final. Entre os obstáculos que teremos que ultrapassar estão a ansiedade, a gula, a preguiça de praticar atividades físicas, o preço da alimentação mais saudável e alguns contratempos sempre prontos a nos desviar do caminho da boa forma.

Não sei se a ansiedade tem cura, só sei que não é nada fácil domá-la. Terapia e os truques de comer frutas ou mascar chiclete sem açúcar quando bater a vontade irresistível de comer doce podem ser uma boa ajuda. A gula eu acho mais fácil de controlar, tirando os dias em que os hormônios estão à flor da pela e nos fazem devorar toneladas de comida até mesmo sem perceber. 

A preguiça de praticar atividades físicas passa quando os resultados começam a aparecer. E quando isto passa a fazer parte da nossa rotina, das nossas obrigações diárias. Os alimentos integrais geralmente custam o dobro do preço dos não integrais. Como a variável econômica não depende de nossas atitudes individuais, evitar o desperdício, pesquisar preços e aprender a usar produtos substitutos são as nossas únicas alternativas...

Os contratempos, lógico, são contratempos. Depois de um período de muita oscilação no ponteiro da balança (e sei que apesar de fatores biológicos terem ajudado eu tenho minha parcela de culpa) eu decidi que vou vencer definitivamente a guerra do peso - de uma vez por todas. Comecei a levar os lanches para o trabalho, para evitar comer bobagens o dia inteiro. E aí... a garrafa onde eu levo o suco resolveu abrir... não sobrou uma única gota para contar a história mas o cheiro ficou entranhado em todas as partes do carro, da bolsa...

Entretanto, a determinação voltou a ser a minha melhor amiga. Ainda tenho alguns momentos de fraqueza, ainda estou cedendo a algumas tentações, mas o saldo é positivo. Algumas roupas que não estavam cabendo em mim eu já consigo usar. A redução das medidas é fácil de mensurar mas e os benefícios para a autoestima? Estes são incalculáveis!!!! Agora é seguir adiante, o sucesso depende apenas de mim e não vou me decepcionar.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Lord Semba

Tentando manter as postagens do Meu Atelier ativas... faz um bem danado!!! Hoje, uma música da grande revelação da música baiana no verão 2011/2012: Magary Lord. Com letras que não agridem e a musicalidade contagiante do semba (ritmo africano), Lord reacende a minha teimosia em acreditar nos seres humanos. Que a renovação na cultura esteja em uma boa safra e nos traga outras gratas surpresas!


domingo, 27 de maio de 2012

A volta do bom senso e do mau trânsito

Prevaleceu o bom senso, a greve dos trabalhadores rodoviários de Salvador chegou ao fim na manhã de ontem. Aos poucos, a cidade volta ao normal. Com um transporte público ineficiente, um trânsito mal planejado, chuva e ruas esburacadas... ou seja, o nosso "normal" ultimamente é dispensar muito tempo para se locomover de um ponto a outro da cidade.  Entre a primeira e segunda marcha vamos tentando sobreviver à guerra diária que é o trânsito nosso de cada dia.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Eu ainda respeito a justiça desse país

A vida inteira eu ouvi, li, e acreditei, que as decisões judiciais devem ser acatadas. Mas agora, parece que a "moda" tem outra tendência: ignorar, desobedecer. Os trabalhadores rodoviários de Salvador decretaram greve e, desde a última quarta-feira, não há ônibus circulando na capital baiana. A paralisação se estende também às linhas intermunicipais. A justiça determinou que 40% da frota fosse mantida em operação em horários normais e 60% nos horários de pico, sob pena de multa diária de R$50 mil em caso de descumprimento.

Na tarde de hoje, a justiça estabeleceu o dissídio coletivo e promoveu o julgamento da greve como legal, mas abusiva, determinando o imediato retorno às atividades. Os trabalhadores tiveram parte das reivindicações atendidas, mas reunidos em assembleia decidiram que vão continuar a paralisação. A conta bancária do sindicato está bloqueada para o pagamento da multa estabelecida.

Alguns rodoviários alegam que tentaram trabalhar e foram impedidos por líderes do movimento. Não duvido, até porque vivi experiência semelhante. A Constituição Brasileira estabelece que a greve é um direito do trabalhador. Entretanto, parece que a desordem impera no país e cada um interpreta a lei da maneira que lhe for conveniente. A greve deixa de ser um direito e passa a ser um dever do trabalhador, obrigado a aderir a um movimento com o qual não se identifica, ou não acredita. É preciso um basta para esta situação antes que as coisas se tornem irreversíveis, antes que cada um faça a sua própria lei.

Sinto-me envergonhada em ver que nem a justiça está sendo mais respeitada no Brasil. Que futuro podemos esperar em um país como este?

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Não sou juíza

Falem bem ou falem mal, mas falem de mim. A máxima se aplica perfeitamente a Xuxa - depois do depoimento no quadro "O que vi da vida" do Fantástico, na noite de ontem. Pétalas e pedras atiradas na apresentadora. Opiniões polarizadas, de um lado os que acharam emocionante, ousado e corajoso e de outro os que acharam mentiroso, falso e manobra. E mais uma vez somos convidados ao julgamento. Não existe meio termo, a ré tem que ser culpada ou inocente, absolvida ou condenada. Não sou psicóloga, não sou investigadora de polícia, não sou juíza. Por que eu tenho que emitir pareceres? Não quero, não preciso e não tenho o direito de julgar ninguém. Cada um tem seu universo particular onde é o centro, cabe um sabe as razões e motivações de seus atos, ou como diria Caetano Veloso... "cada um sabe a dor e a delícia de ser como é".

domingo, 20 de maio de 2012

Estou que nem criança, estou de alma limpa


Há muito tempo eu não escutava esta música até que ela voltou de forma casual em uma aula de Pilates e não sai mais da minha cabeça... Gosto da melodia, da letra, e da interpretação de Renata Arruda. Escutar uma música antiga é como revirar uma gaveta, certamente traz de volta recordações e sentimentos, mas desta vez acho que a música apenas se encaixa perfeitamente no meu momento atual: "estou que nem criança, estou de alma limpa".

sábado, 12 de maio de 2012

Não custa nada respeitar a opinião de alguém que não pensa como você

   Andei um pouco aborrecida estes dias. As pessoas não conseguem lidar com as diferenças e querem impor seu jeito de ver o mundo, de pensar o mundo, de sentir e viver o mundo. Como dizia um mapa astral ou qualquer coisa assim que li um dia, e que falava sobre a minha personalidade e meu jeito de ser, eu tenho um jeito "exótico" de pensar o mundo, eu tenho ideias próprias que nem sempre se encaixam aos padrões da sociedade.

   Casar para mim nunca foi um sonho, nem desejo, nem aspiração. Nunca quis entrar na igreja vestida de noiva ou fazer festa de casamento de qualquer outra espécie.  O que eu esperava da vida era encontrar um companheiro para todas as horas. E quando ele apareceu, casar foi uma consequencia. Para mim, a decisão do casamento é muito mais importante do que a consumação do fato, que vejo apenas como uma formalização, uma assinatura de contrato.

    Por esta razão, meu casamento foi simples, apenas o "sim" diante do juiz. Para mim, os proclamas e a certidão de casamento já são satisfação suficiente para a sociedade. Não preciso fazer festa, não tenho a necessidade de compartilhar meus sentimentos (seja felicidade, alegria, tristeza, raiva ou o que for) com o mundo. Quando o faço, não é por obrigação ou convenção mas apenas porque sinto vontade.

   Muitos me cobraram festa pelo casamento, mas uma pessoa em especial ultrapassou os limites e chegou a ser inconveniente e chato (aliás, ainda é, porque duas semanas depois ele ainda fala nisso), por acreditar que este é um momento especial que tem que ser celebrado "com toda a pompa". Respeito o ponto de vista, mas não penso assim. Celebrei sim, a meu modo, do meu jeito, envolvendo apenas os interessados.

    Talvez meu conceito de mundo tenha sido reduzido e englobe apenas algumas pessoas de confiança. Todas as decisões envolvendo meu casamento foram racionais, de forma que tenho certeza de que não vou me arrepender delas no fututo. Eu aprendi a respeitar a opinião dos que não pensam igual a mim, mesmo que não concorde com eles. Não é tão difícil assim, é só agir como você gostaria que agissem com você.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Encontros e despedidas

Uma vez me disseram que "as pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não é por acaso que permanecem". Eu estava quase acreditando nisto quando percebi uma certa incoerência na frase. Se a pessoa não permanece por acaso na nossa vida, é porque ela tinha alguma função, alguma missão, um propósito, um objetivo, ou seja, ela tinha que ficar ali. Logo, não devemos considerar que foi por acaso que ela entrou na nossa vida, que cruzou o nosso caminho. Então, passei a acreditar que cada pessoa que conhecemos tem uma função, uma missão em nossa vida. A permanência, com certeza é uma questão de escolha, que pode ser dela, nossa ou de ambos.

E assim vamos seguindo nosso caminho, com encontros e (algumas vezes) despedidas. Da mesma forma que as pessoas entram nas nossas vidas, nós também entramos nas vidas alheias. Amizades e amores chegam e partem quando não são verdadeiros ou quando são incompatíveis. Os humanos mudam à medida em que se conhecem, em que experimentam a vida. Em diferentes graus, em diferentes momentos, mas ninguém tem uma alma estática. E são estas transformações que nos afastam ou nos aproximam dos demais - sempre em busca de semelhantes. Afinidades também mudam. 

Nas bagagens destas viagens pelas vidas humanas estão mágoas, alegrias, sofrimentos, amadurecimento, aprendizado, ofensas... Eu queria deixar apenas coisas boas de recordação nas vidas onde passei e queria trazer apenas coisas boas de lembrança no meu regresso, mas sei que isto é impossível. Magoar e ser magoado é inevitável e algumas, tentando não magoar é que magoamos mais ainda...

domingo, 6 de maio de 2012

A maior parte da culpa é do Facebook, sem dúvidas. O site de relacionamentos que é o novo fenômeno de popularidade no Brasil foi um dos grandes responsáveis pelo meu afastamento do Blog. Mas hoje deu vontade de escrever aqui. Na verdade, já há algum tempo que estou com saudade do meu cantinho... Muita coisa aconteceu desde a última vez que o Meu Atelier deu sinais de vida... coisas da vida, a gente vai se transformando ao longo da nossa existência.

Agora quero retomar. Meu prazer em escrever continua o mesmo. Não quero compromissos, metas, responsabilidades. Já basta as que tenho no mundo real. Espero que eu consiga manter a atividade do meu cantinho... faz um bem enorme para a alma.