sábado, 22 de setembro de 2012

Deficiente? Nossa sociedade é sim, bastante deficiente

Ontem foi o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência e por causa disto, durante a semana, muito se falou na questão em eventos organizados por entidades diversas. Tive o privilégio de participar de um destes, uma das melhores experiências que já vivi. Imaginar a vida destas pessoas é muito diferente de ouvir o relato delas. Recomendo a todos que tiverem uma oportunidade que parem para escutar o próximo, independente de quem seja ele (com deficiência ou não). Será sempre uma lição aprendida.

Neste evento, fiquei sabendo que coisas que pareciam tão óbvias foram alvos de grandes e longas batalhas. O guichê adaptado dos bancos, por exemplo. Outras coisas me indignaram (e isto eu já sabia) como a falta de respeito às vagas de estacionamento exclusivas para deficientes ou o comportamento de alguns motoristas de ônibus, que deixam os cadeirantes sem transporte para não ter que '"perder tempo"operando o elevador. 

E outras coisas ainda me emocionaram. Como não se sentir impotente diante da barreira de comunicação com os surdos? Como não se sentir tocado com a cadeirante que pede apenas o direito de exercer seus direitos? Direito de ir e vir, de frequentar uma escola, de ter acesso a saúde, cultura, lazer, de ser mulher, de ter independência, liberdade. Não é isso que todos nós queremos???  Independente de ser cego, surdo, cadeirante, deficiente intelectual, não somos todos seres humanos, cidadãos, eleitores, contribuintes????

Sob qualquer ângulo que a gente escolha para analisar a situação, vamos chegar a conclusão de que ainda estamos muito longe de compreender a realidade das pessoas com deficiência. Não bastam leis, é preciso também a fiscalização que garanta o cumprimento dos instrumentos legais, e, o mais importante: é preciso educar a nossa sociedade para respeitar as diferenças. Nem todo deficiente nasce com esta condição e basta usarmos um pouco de lógica para sabermos que nenhum de nós está imune ao problema. Ainda mais com os índices crescentes de violência urbana.

Enquanto não investirmos em educação, seremos uma sociedade deficiente. Uma sociedade incapaz de enxergar que a luta pelo direito dos deficientes não é apenas deles, é de todos nós. Podemos sim ter um mundo mais justo e mais igual, só depende de nós. Não vamos nos calar ou ficar inertes diante de uma situação de preconceito, discriminação ou falta de respeito. Não é tão difícil assim, basta você agir como gostaria que agissem com você.

domingo, 16 de setembro de 2012

Acabou-se a minha baianidade

Esta foi uma semana de rendição a guloseimas e coisas calóricas. Primeiro, o aniversário de minha mãe. Estava feliz porque ao entrar na loja para encomendar a torta tive uma súbita vontade de comer... salada de frutas! Achei que seria fácil comer apenas um pedaço, e que isto não seria um prejuízo muito grande... mas torta de aniversário quase sempre sobra.... e no dia seguinte, mais um pedaço. 

Carregar a culpa neste momento não adianta em nada. Tratei logo de compensar e aumentei o ritmo do treino aeróbico. E, claro, reduzi os carboidratos a quase zero no dia seguinte. E então, tivemos aniversário no trabalho. Pensei que sair da dieta uma vez só não faz mal nenhum. Engano. O cardápio, uma das saborosas moquecas da culinária baiana. Apesar de não estar muito carregado no dendê (como é costume por aqui), meu organismo estranhou. A sensação de mal estar e de que eu havia comido uma tonelada perdurou o resto da tarde.

Conclusão: o que restava da minha baianidade acabou. Meu estômago está intolerante com azeite de dendê.

Apesar de tudo isso, tive consulta com o médico esta semana e ele falou que tive redução de peso e de medidas. As medidas mais estimulantes que o peso, o que é natural para quem está praticando exercícios físicos e ganhando massa muscular. Outro ponto importante: os índices de colesterol e o triglicérides que estavam altos entraram em padrões de quase normalidade. Mas, apesar do prejuízo não ter sido tão grande nos números, a sensação de mal estar é péssima. Prefiro a sensação de bem estar que a alimentação saudável proporciona. Não tenho como me livrar dos aniversários, mas marcar presença não significa comer de tudo que está sendo servido. Fica a lição.