quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Vizinhos...

Na aurora da minha vida, na infância querida que os anos não trazem mais... havia uma música que falava em morar onde não mora ninguém, onde não passa ninguém, onde não vive ninguém... será que ainda há casas vazias neste lugar? Não seria nada mal morar em um lugar assim... ainda mais quando seu vizinho de porta é uma pessoa extremamente desapegada a tudo, principalmente desapegada ao bom senso. Hoje por exemplo, ele resolveu seguir a máxima do recordar é viver e desenterrou uma música que deve ter sido gravada por algum integrante da comitiva de Pedro Àlvares Cabral, logo que chegou ao Brasil.

Não, eu não tenho nada contra músicas antigas. Também sigo a máxima do recordar é viver de vez em quando e acho que a música boa é aquela que sobrevive por toda a eternidade, ainda mais nesta época em que vivemos onde os sucessos são fabricados e descartáveis, como os copos de plástico. Então, se não tenho nada contra as músicas antigas, por que estou reclamando do vizinho?

Simplesmente porque o vizinho decidiu ouvir a música um milhão de vezes, no último volume e antes das seis da manhã. Que doce, não? Quando eu consegui me situar do que estava acontecendo, já tinha outro vizinho reclamando com ele. Poxa, vizinho, pelo menos deixa um disco inteiro tocar...




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