Meus poderes sobrenaturais não estão desenvolvidos o suficiente para que eu possa ter feito o relato dos 3 dias usando a clarividência, portanto, eu estava lá e contei o que eu ouvi. Preferi usar uma linguagem jornalística para exercitar um pouco enquanto isso não passa a ser minha rotina (embora de vez em quando eu escreva em pirâmide invertida despropositadamente).
Agora que o "sagrado" já está pronto, vamos ao "profano", ou seja aos bastidores do EBAJ. Tinha um grupo de uma determinada faculdade (que estava cobrindo o evento para alguma publicação interna da instituição) que acompanhou o Encontro com gravadores, máquinas fotográficas e anotações. O que tem demais? Todos eles gravaram, todos eles fotografaram e todos eles fizeram anotações. Em todas as palestras foi assim, embora cada dupla estivesse encarregada de cobrir uma. Sim, eu apurei as informações. Achei curioso.
Eu me policiei e não fiz transcrições completas das narrativas, apenas registrei o que naquele momento me pareceu essencial. Claro, não deixei passar as pérolas mais peroladas, que seguem agora. Eu sei que quando a gente fala a gramática fica no automático, que a gente não verifica se está sendo redundante e repetitivo, e que fala, por questões óbvias, não tem ortografia. Sei também que o neologismo é importante para a evolução de uma língua. Mas, se eu relevasse isso tudo, deixaria esses detalhes despercebidos. Olha o que andou sendo dito por lá...
" ... o jornalista vai se especializar em uma área específica." ( e eu que quero me especializar no geral????)
" conquistou o prêmio IBEST, o Oscar da internet brasileira." ( que linda comparação... and the ibest goes to...)
" Tenho aqui uma pergunta que é quase parecida com a outra." ( quase igual eu já conhecia, agora fiquei sabendo que existe quase parecida)
"... a gente sempre tem uma materinha na gaveta para emergências..." ( aprendi que o diminutivo de matéria não é materiazinha no EBAJ)
"... nós se reuníamos..." ( fiquei sem palavras para comentar...)
" assuntos de uma amplidão dessa..." (sempre achei que amplitude era uma palavra que precisava ser reinventada...)
Por fim, resta comentar da frustração da ausência de Zé Raimundo (já é a segunda oportunidade que perco de conhecê-lo... ) e da alegria de ouvir de Ricardo Kotscho que eu tenho cara de uma jornalista muito séria, em tom de elogio.
Ah, as pérolas do EBAJ! Todo ano tem, né? Acho que vou até sentir falta quando eu deixar de ir...
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