sábado, 20 de outubro de 2007

Contando as horas para o GP-Brasil e o jogo decisivo entre São Paulo e Cruzeiro

Já tive isso antes, e terei sempre. Crise de identidade. Talvez tirando a culinária, não me sobre mais afinidades com a terra onde nasci, me criei, moro e (por mais estranho que pareça) adoro. Falam tanto em baianidade... onde está a minha?


Ser baiano é gostar de Carnaval ou qualquer outra festa com grandes aglomerações? Ser baiano é gostar de axé e pagode? Ser baiano é marcar presença nas festas populares? Ser baiano é misturar candomblé com catolicismo? Ser baiano é ir à praia todo final de semana? Ser baiano é falar as palavras pela metade? Ser baiano é visitar a Igreja do Bonfim pelo menos uma vez por ano? Ser baiano é ser "Baêa" ou "Vitóra"?Ser baiano é tudo isso? Ser baiano não é nada disso? Prefiro acreditar que ser baiano é o mais simples, é nascer na Bahia...


Se não me identifico (pelo menos não muito) com a terra de todos os santos, encantos e axés... me identifico com o ser brasileiro... um tanto paulista talvez, ao comer pizza sempre que possível e me apaixonar pelo São Paulo, ou no profissionalismo exagerado que tanto pregam que os paulistas possuem.... com um sotaque levemente misturado de São Paulo, Rio e Rio Grande do Sul, tchê!!! Com a organização e o senso urbano dos curitibanos, com a paixão pelo mar dos cariocas, felizmente sem a cara-de-pau de um certo local em Brasília.... Será? Não sei, isso é o que dizem de mim, mas o que eu digo de mim????


Serei de Marte???? Não, os homens são de Marte, as mulheres são de Vênus!!!! Todo esse drama simplesmente porque decidi comprar uma bolsa mais estilo artesanal no Mercado Modelo e chegando lá, achei-as lindas, mas não tinham as divisórias que a minha organização requer... compartimento para tal coisa, para tal outra e assim vai. Convicta de que a metade de casa que carrego na bolsa (água, prendedor de cabelo, canetas, lápis, caderninho para anotações, sombrinha, celular, carteira, porta-moedas, grampeador, pente, absorvente, etc, etc, etc). Já me disseram que nem Freud me explica, tanto drama por nada... encarei como elogio, sou complexa demais até para Freud!!!! Eu me entendo e às vezes isso me basta.


Ah, sim, talvez eu deva explicar a falta de nexo entre o título e o post... mas vou deixar que a criatividade de cada um responda. Apenas uma dica: é muito simples.

Um comentário:

  1. Olha, ao longo de minha vida as pessoas insistiram em me provar que eu sou meio paulista ("com certeza, o seu sotaque não é daqui da Bahia!" - já ouvi isso algumas vezes...) e eu tenho até uma certa dificuldade em me identificar com a baianidade cantada aos quatro ventos, mas você ganhou em disparada na crise de identidade...

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