segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Panelaço no EBAJ

Criado através da iniciativa de um grupo de alunos da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia, o Encontro Baiano de Jornalismo chega a sua terceira edição. Em debate, "as novas perspectivas de atuação no mercado". O evento, que conta com a participação de profissionais e estudantes dos diversos cursos de Jornalismo da capital, acontece nos dias 01, 02 e 03/10 na Reitoria da UFBA.


O primeiro dia
No abertura dos trabalhos, a jornalista Graça Caldas falou sobre Jornalismo Científico. Graça discursou sobre o papel social da informação e da responsabilidade do jornalista. Apontou as características da cobertura jornalística na área de ciência e tecnologia, e em alguns momentos traçou analogias entre o fazer ciência e o fazer jornalismo. Falou ainda, da importância da parceria entre essas duas áreas no desenvolvimento de uma sociedade.


Na primeira mesa do período da tarde, a discussão gerou em torno do Jornalismo de Serviços, com os palestrantes João Mauro Uchôa, do Jornal A TARDE, e Antônio Dias, da Folha Dirigida. Ambos destacaram as dificuldades de uma especialização na área de serviços, sobretudo na área de mercado de trabalho, que por seu dinamismo, exige atualização constante e dedicação do jornalista. Concluíram que o Jornalismo de Serviços é uma tendência irreversível para os produtos jornalísticos, sobretudo os veículos impressos, que sofrem uma desleal concorrência com os meios eletrônicos pela instantaneidade dos fatos e tentam oferecer serviços diferenciados ao público leitor.


Para encerrar o dia, Iloma Sales (A TARDE On Line), Rodrigo Vilas Boas (A TARDE) e Lucas Pretti (Portal do Estadão), debateram a tecnologia, tanto como pauta para o jornalismo, em seções especializadas como o caderno "Digital" do Jornal A TARDE, como na sua utilização na produção e divulgação da notícia.


Contratempos


Enquanto os participantes do EBAJ discutiam os temas do evento, um grupo de estudantes da Universidade Federal da Bahia, promovia um panelaço na Reitoria, reivindicando maior atenção da Universidade com a Residência Universitária. Um representante do movimento estudantil, que se identificou como Márcio, estudante de Educação Física, pediu espaço no EBAJ para esclarecer aos participantes os motivos da ocupação da Reitoria e se desculpar pelos transtornos causados com o barulho. Segundo Márcio, a Superintendência Estudantil da UFBA não assiste os estudantes de maneira satisfatória, chegando até mesmo a faltar alimentos. Acrescenta que as negociações com a Universidade são difíceis, e que só mesmo com um panelaço os estudantes se fariam ouvir.
A platéia ficou dividida entre apoiar ou não o movimento dos alunos da UFBA. A Reitoria pede que os estudantes desocupem o prédio para que se possa negociar e os estudantes dizem que só desocupam quando forem atendidos. Enquanto o impasse prossegue, os palestrantes do EBAJ também se esforçam para serem ouvidos em meio a tanto barulho.

Um comentário:

  1. E o pior é que eles nem têm ritmo pra ver se o "batuque" fica suportável...

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