sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Esperando Papai Noel

Ontem conversando com uma amiga no MSN, estava lembrando dos Natais da minha infância. Com um irmão mais novo quatro anos, e sendo a pessoa que sou, foi inevitável fingir que acreditava em Papai Noel até os nove anos de idade, por causa dele. Eu escrevia as cartinhas que ele entregava para minha mãe postar, todo sorridente. Ah, crianças... não existe nada mais sincero em termos de emoções. Feliz do adulto que consegue preservar seu lado criança.

Em um determinado ano, depois de ficar alguns minutos parado com ar pensativo, ele veio falar comigo quase aos prantos, que nós não receberíamos presentes de Natal porque não tinha chaminé na nossa casa e Papai Noel não poderia entrar. Eu argumentei racionalmente (como sempre fiz com as crianças, mesmo que sejam argumentos racionais inventados) de que não teria problemas, que Papai Noel toca a campanhia nos apartamentos, justamente por não haver chaminé. Ele então resolveu que ficaria acordado esperando, pois nossa mãe poderia dormir, e ele ficar sem presente, já que Papai Noel iria embora se ninguém atendesse à porta.  O tempo foi passando, e ele não dormia. Minha mãe já estava sem paciência, porque precisava tirar os presentes do "esconderijo" sem que ele visse. Como a minha paciência demora muito mais do que a de qualquer pessoa normal para se esgotar, coube a mim a tarefa de fazê-lo dormir. Não lembro o que eu fiz, só lembro que consegui.

Acho que o sorriso que via no rosto de meu irmão quando via o pacote do presente foi que me fez adotar as cartinhas do Projeto Papai Noel dos Correios... até mesmo um carrinho de plástico embrulhado era capaz de despertar uma alegria infinita. A alegria das pessoas, principalmente a alegria das crianças, me faz muito feliz.

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