terça-feira, 14 de julho de 2009

Alimentando a polêmica

Modéstia não é uma das minha principais qualidades. Mas, pelo jeito, isso não incomoda quem convive comigo, a ponto de sugerirem o tema deste post...

Antes de continuar, um aviso: este texto está a minha cara, uma mistura de ironia, ou melhor, sarcasmo, um humor refinadamente ácido, e, claro, sinceridade total e a vaidade absoluta de alguém que nasceu sob o signo de escorpião com ascendente em leão...

Resolveu seguir adiante? Então vamos lá. O tema é a polêmica da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Tendo eu passado quatro anos na faculdade, eu defendo a obrigatoriedade do diploma sim. Somente por isso mesmo, porque, quando passa o susto inicial e a racionalidade toma conta de mim, analiso sobre outra vertente, e sou obrigada a concordar com quem tomou esta fatídica decisão. E mais! Eles deveriam decretar o fim da obrigatoriedade de todos os diplomas!!! E meu consultório deixaria de ser virtual e clandestino no dia seguinte... Afinal, a minha sensibilidade escondida atrás de uma armadura medieval (amei isso!) me permite fazer análises tão (ou mais) completas sobre a alma humana do que o próprio Freud! Não me mande descer das nuvens, eu avisei que seria assim este texto e você está lendo por sua livre escolha... aliás, já tem um tempo que eu declarei publicamente que minha auto-estima pegou carona no foguete da NASA. Pelo jeito, ela vai ficar em uma base de observação na Lua, e espero, sinceramente, que ela fique por lá para sempre.

Voltando ao assunto, teve um semestre na faculdade em que foi torturada com milhares de textos filosóficos, daqueles em que o autor faz questão de não ser claro para demonstrar inteligência e superioridade inteletual sobre os mortais. Bobagem isso, na verdade me parece é o contrário, a falta de clareza é para não ter que admitir que não sabe nem o que está escrevendo... Se fosse eu que escrevesse, era chamado de "encher linguiça" mas como foi um autor famoso, é considerado um texto "clássico"... Sim, continuando, no semestre seguinte, em uma entrevista com um compositor de axé music (sim isso mesmo, axé music, que para muitos nem pode ser chamada de música), fico estarrecida de ouvir daquela alma artística, de forma tão clara e instantânea, o que o renomado filósofo levou anos pensando e escrevendo...

Então, só me resta concluir. Viva o senso comum! Viva as almas sensíveis! Abaixo a Universidade! Vamos fazer aquilo que nossa vocação aponta!!!! E então, quer fazer uma pré-reserva no meu consultório para quando o diploma de Psicologia deixar de ser obrigatório?

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