sábado, 17 de julho de 2010

Não é lição de moral, mas entendam como quiserem

Longe de mim querer julgar alguém ou levantar bandeiras de moralismo. Ninguém é dono da verdade absoluta, é dono apenas da sua própria verdade. Por isso, o que estou escrevendo aqui agora é apenas uma opinião, quase um desabafo.

Deixando de lado a paixão para enxergar o futebol com os olhos da realidade, o que temos? Um esporte com uma importância social sem precedentes em todas as sociedades. Nos detendo somente ao nosso "mundinho", o futebol tem importância em todos os aspectos: política, cultura, economia, distribuição de renda... Entretanto, a presença do futebol nas páginas policiais dos jornais mostra que alguma coisa está fora da ordem. Crimes de sonegação e "maracutaias" inimagináveis, dívidas trabalhistas, violência nos estádios (dentro e fora do campo) e fora deles, ligações com narcotráfico... assassinato com requintes de crueldade...

Torcedores, dirigentes e atletas responsáveis por atos que tiram o brilho de um esporte encantador, espetacular, fascinante. Mas não são culpados sozinhos. Todos somos culpados. Estamos permitindo a distorção de valores, o esmagamento de princípios, e aceitando a impunidade. O que acontece com o futebol é o reflexo da sociedade como um todo. Providências precisam ser imediatas. Precisamos nos preocupar com a cabeça dos meninos que, num piscar de olhos, trocam uma vida anônima e modesta por uma vida de ricas celebridades. E precisamos nos preocupar com a educação em um sentido global. Cobrar do governo um escola de boa qualidade é importante, mas que valores passamos para nossas crianças dentro de nossas casas?

Um comentário:

  1. É isso, tão importante quanto cobrar dos governos uma educação de qualidade, é pensar que tipo de educação estamos dando em casa...tudo bem que nessa sociedade onde o TER vale mais do que oi SER, seja dificil manter certos valores, mas temos que nos lembrar que as mudanças primeiro tem que ocorrer dentro de nos...se quisermos que algo mude...

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