quarta-feira, 7 de julho de 2010

Vinte anos sem Cazuza

Vinte anos, mas parece que foi ontem. Um poeta se foi. E deixou uma saudade tão grande quanto o seu legado. Legado que vai além da arte, além da poesia, além da música. A exposição da própria dor, para evitar que outros sofressem do mesmo mal. Heroísmo? Ou responsabilidade social de um artista como poucos, que tinha a consciência do seu papel na sociedade?

Vinte anos sem Cazuza, e realmente parece que foi ontem. Quanta coisa aconteceu, como o mundo está diferente. A AIDS não é mais restrita aos chamados grupos de risco. O Brasil tem uma moeda estável e um índice de inflação de um dígito. Conquistamos duas Copas do Mundo, e somos o único país com cinco títulos. As meninas não sonham mais em ser uma Paquita de Xuxa. Temos televisão digital, mapeamos o DNA humano, clonamos animais. Fidel Castro não é mais presidente de Cuba, não temos mais duas Alemanhas, a União Soviética é coisa do passado...

Eu não sou mais a criança fofinha que se orgulhava de saber as letras das músicas do rock nacional que os adolescentes ouviam... Só nos resta reconhecer que o poeta tinha razão, quando há vinte anos cantava... o tempo não pára.


 

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