terça-feira, 13 de julho de 2010

Tem certeza de que deseja excluir permanentemente esses itens?

Sempre tive boa memória, a ponto de as pessoas compararem com a memória de computador. Sendo assim, me permito a licença para usar essa metáfora que não é de minha autoria, mas que me envolve diretamente.

Quis o destino, talvez, que o universo começasse a conspirar para que tudo e todos me fizessem lembrar de fatos e pessoas que minha memória parecia ter apagado de vez. Uma declaração aqui, um encontro casual com alguém que te pergunta alguma coisa ou faz um comentário, um recadinho no orkut, um pretexto qualquer inventado para falar comigo... Com isso,  descobri que estes "arquivos" não foram excluídos da máquina de vez, apenas colocados na lixeira para que pudessem ser restaurados. Cada recordação evocada, e no caso de hoje materializada, me dão a certeza de que eu clicaria tranquilamente em "esvaziar lixeira", caso houvesse essa opção do meu "menu", para que pudesse apagar essas recordações em definitivo... porque chega a me assustar ver em que tudo se transformou: indiferença.

Se não se pode apagar, deletar,excluir, formatar, então só me resta deixar tudo como está, afinal, pode não servir mais hoje mas teve a sua importância em um passado já longínquo. Em respeito a mim, ao que eu pensava, ao que eu sentia (e também por impossibilidade de formatar a máquina), vou deixar que estes arquivos sejam restaurados vez ou outra. Mas, ao contrário dos arquivos virtuais, essas recordações não podem ser reaproveitadas. Vão ser abertas, relembradas, e vão voltar uma vez mais para a lixeira... até que o arquivo se corrompa.




Um comentário:

  1. Amiga, adorei a sua metáfora... Mas um dia li uma frase, não me lembro qual o autor, nem exatamente como era, mas era mais ou menos assim: "De todo grande amor, só nos resta a indiferença".
    Bjsss

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