quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Curtindo minha baianidade nagô???

O jeito baiano de ser... único, exclusivo! Tenho sérias razões para acreditar que os baianos adoram fila. Reclamam para não assumir esse gosto excêntrico. Mas... nas filas se formam amizade de infância. Bastam quinze minutos para já se considerar amigo, meia hora para ser melhor amigo. Se a espera for de uma hora, pode se considerar da família, até o nome do cachorrinho de estimação você já sabe!

Somos muito acolhedores e hospitaleiros. Indubitavelmente.Quando você pede informação a um baiano, ele só falta te dar as coordenadas geográficas: latitude e longitude... e muitas vezes ele te leva ao local. Se ele não souber a informação, muitas vezes acaba partilhando a dúvida com você... e sai perguntando junto, para da próxima vez que alguém perguntar...

Se você pede a informação dentro de um ônibus, e o seu informante vai ficar em algum ponto anterior do percurso, ele automaticamente passa a responsabilidade para outro passageiro, sem que você precise fazer nada.

Mas.. para quem não é de Salvador, faz-se necessário explicar que 90% das vezes, nos dão um ponto de referência que fica em "em frente" ao que procuramos... o detalhe é que "em frente" pode significar duzentos metros à direita ou à esquerda, ou pode até mesmo ser ao lado, nas situações mais extremas.

Algumas vezes, pedir informação a um baiano significa ter que responder a um interrogatório... o que você vai fazer lá, até que horas funciona, se você não mora por ali por perto, se nunca pegou o ônibus antes, etc. Devemos ser o povo que fala mais palavras por minuto!

Comentando sobre estas questões com alguns colegas de classe, eu descobri meu lado baiano. Afinal, o conceito de baianidade vai muito além do acarajé e do carnaval... não sei se a minha baianidade é nagô, mas fiquei muito feliz em descobrir que a tenho... quem sabe assim a síndrome de E.T dimunui?

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