Salvador é a cidade de maior população negra do Brasil. Também é a cidade fora do continente africano com maior número de afro descendentes. Apesar disso, o Dia da Consciência Negra não é sequer ponto facultativo na cidade. Se tivesse caído em um "dia de semana" (como a gente chama os dias úteis por aqui), eu teria trabalhado normalmente...
Duas coisas se destacam das afirmações que fiz acima. Primeiro,os feriados são homenagens a datas importantes e uma forma de se perpetuar uma lembrança, de se manter viva a cultura e a tradição. Logo, é no mínimo uma incoerência que a cidade que possui a maior população negra no Brasil não tenha este dia como uma data especial no calendário. Mas o que esperar de uma sociedade que respira preconceito diariamente?
A segunda coisa, é também ligada ao preconceito: a preguiça dos baianos. Nas duas grandes capitais do país é feriado no dia do aniversário da cidade. Em Salvador, não. Aliás, Salvador não tem feriados municipais, pelo menos não oficialmente. O dia de Nossa Senhora da Conceição é feriado estadual, por ser uma homenagem a padroeira do Estado. O dia da Lavagem do Bonfim e o da festa de Yemanjá não são feriados, e os festejos ocupam apenas parte da cidade. Somente por curiosidade, nem o Senhor do Bonfim nem Yemanjá são encarregados del zelar por Salvador. Pouca gente sabe, mas o patrono da capital baiana é o "anônimo" São Francisco Xavier, e seu dia, é comemorado discretamente em dez de maio.
Sem perder o rumo da prosa, o mínimo que esta cidade pode fazer é decretar feriado este dia tão importante. Ao invés dos vereadores ficarem propondo projetos de lei para que cada bairro tenha uma rua chamada Rua da Alegria, para que seja instituído o dia municipal do forró, para regular o peso do material escolar que as crianças transportam na mochila, ou para que os caixas 24 horas dos bancos possuam no mínimo dois seguranças na porta (como já fizeram em anos anteriores), deveriam reparar esta injustiça Seria o mínimo que poderiam fazer pela população predominantemente negra que os elegeu, já que infelizmente, ainda está muito longe o dia em que teremos igualdade entre as raças.
Mas eu sou otimista, eu vou morrer acreditando no ser humano. As pessoas sempre nos surpreendem e quem sabe meus herdeiros vivam em uma sociedade menos desigual?
Duas coisas se destacam das afirmações que fiz acima. Primeiro,os feriados são homenagens a datas importantes e uma forma de se perpetuar uma lembrança, de se manter viva a cultura e a tradição. Logo, é no mínimo uma incoerência que a cidade que possui a maior população negra no Brasil não tenha este dia como uma data especial no calendário. Mas o que esperar de uma sociedade que respira preconceito diariamente?
A segunda coisa, é também ligada ao preconceito: a preguiça dos baianos. Nas duas grandes capitais do país é feriado no dia do aniversário da cidade. Em Salvador, não. Aliás, Salvador não tem feriados municipais, pelo menos não oficialmente. O dia de Nossa Senhora da Conceição é feriado estadual, por ser uma homenagem a padroeira do Estado. O dia da Lavagem do Bonfim e o da festa de Yemanjá não são feriados, e os festejos ocupam apenas parte da cidade. Somente por curiosidade, nem o Senhor do Bonfim nem Yemanjá são encarregados del zelar por Salvador. Pouca gente sabe, mas o patrono da capital baiana é o "anônimo" São Francisco Xavier, e seu dia, é comemorado discretamente em dez de maio.
Sem perder o rumo da prosa, o mínimo que esta cidade pode fazer é decretar feriado este dia tão importante. Ao invés dos vereadores ficarem propondo projetos de lei para que cada bairro tenha uma rua chamada Rua da Alegria, para que seja instituído o dia municipal do forró, para regular o peso do material escolar que as crianças transportam na mochila, ou para que os caixas 24 horas dos bancos possuam no mínimo dois seguranças na porta (como já fizeram em anos anteriores), deveriam reparar esta injustiça Seria o mínimo que poderiam fazer pela população predominantemente negra que os elegeu, já que infelizmente, ainda está muito longe o dia em que teremos igualdade entre as raças.
Mas eu sou otimista, eu vou morrer acreditando no ser humano. As pessoas sempre nos surpreendem e quem sabe meus herdeiros vivam em uma sociedade menos desigual?
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