quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Bilhete premiado

Começamos a semana com a notícia dos milionários que continuam pobres (acredito que todo mundo tenha visto o caso dos apostadores de Novo Haburgo (RS) que tiveram os números do bolão sorteado e a aposta não tinha sido registrada... o caso está sob investigação). Ao ver a notícia, minha imaginação ganhou asas instantaneamente...

Primeiro, me colocando no lugar destas pessoas. Dormir com a sorte de ter acertado os números e acordar com a frustração de uma história mal contada. Quantos planos não foram feitos naquela noite? Quantos sorrisos não foram apagados no dia seguinte?

Segundo, eu tentei imaginar o que faria se  de um dia para outro os centavinhos da minha conta se tranformassem em milhões... Talvez por não ter o hábito de jogar, eu nunca tenha pensado nisso. Certamente eu compraria alguns apartamentos, um carro, e faria uma viagem de volta ao mundo. Mas e quanto a ajudar as pessoas? Não ia encarar como obrigação, mas como um aproveitamento de oportunidade de fazer algo que sempre desejei... e que critérios eu utilizaria? Racionais, emocionais, uma ponderação de ambos? 

Terceiro, como não poderia deixar de ser... eu pensei em uma metáfora. Lembrei de alguém que achou um bilhete premiado de loteria e que jogou fora, por medo de tanto dinheiro... medo das mudanças, da responsabilidade que isso traria. Pois é, esse bilhete premiado era meu coração. Foi jogado fora para ser encontrado por alguém que sempre teve o sonho de ficar milionário. Agradeço, sinceramente, a sua covardia. No fundo é a certeza de que nunca mereceu tamanha fortuna.








Nenhum comentário:

Postar um comentário