sábado, 20 de fevereiro de 2010

Sem inspiração para o título

Admirar um artista é ótimo, ser fã, nem tanto. Fã vem de fanatismo, de exagero, se irracionalidade. Se chega a este ponto, pode ser perigoso. Quando alguns amigos me perguntaram se eu prefiro Ivete Sangalo ou Cláudia Leitte, percebi que existe uma espécie de guerra entre os fãs delas. Como toda guerra, é movida por algo inútil,  faz-se perder tempo e inteligência com coisas pouco inteligentes e não há vencedores. Por que eu tenho que escolher uma das duas apenas? Não posso simplesmente admirar (ou não) o trabalho de ambas?

Durante o Carnaval deste ano, isto passou dos limites. A irmã de Ivete postou no twitter "A coalhada do almoço não desceu muito bem. Coalhada meio desandada. Gente, rápido, um antiácido. Desafination xón, xón". Logo em seguida apagou a mensagem, mas o estrago já estava feito. Ela mesma pediu desculpas aos fãs e a Cláudia Leitte através do próprio twitter, e o mesmo fez Ivete. Aliás, parabéns a Ivete pela atitude e pelas palavras que usou no blog, muito sensatas.

Espero sinceramente que esta guerra termine ou que pelo menos tenha uma longa trégua. É próprio do ser humano querer ver as coisas sempre com base no "ou" e não no "e". De certa forma, somos educados para tomar decisões e efetuar escolhas todo o tempo. Não precisa ser assim com absolutamente tudo, ainda mais com arte. Eu costumo dizer que existem apenas dois tipos música, aquela que alcança a nossa alma e aquela que não alcança. Independente de gênero ou qualquer outra coisa, se a música te agrada pela sonoridade ou pela letra, ela atingiu seu objetivo enquanto arte. Conseguiu chegar ao seu coração. E pouco importa se ela é pagode, rock, jazz... se está na voz de Cláudia Leitte ou de Ivete Sangalo ou de quem quer que seja.

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