A programação da televisão aberta aos domingos é uma tristeza, e os canais pagos ainda são privilégio de uma minoria. O público brasileiro se vê obrigado a optar entre os programas de auditório que imperam nas tardes de domingo, com suas linhas pseudo-assistencialistas e com conteúdos de qualidade duvidosa (para usar um pouco de eufemismo).
Se o problema na qualidade da programação fosse somente aos domingos, não seria tão grave. Mas, na atualidade poucas são as produções que merecem a honra da nossa companhia. Até mesmo as novelas, que ao longo dos anos alcançaram um papel importante na nossa cultura, sofrem com a crise que se instalou e se arrasta na televisão aberta deste país.
Os programas andam muito parecidos, talvez em decorrência da estratégia de marketing das emissoras tentando alcançar a líder e as respostas da líder a qualquer ameaça de incômodo nos seus confortáveis índices de audiência. Resumindo a questão, temos programas praticamente idênticos, e com conteúdo, digamos questionável. E ainda tem gente que não entende porque o Brasil vem registrando declínio de audiência ano após ano. Hoje a televisão não forma, não informa, não deforma. Simplesmente não vemos mais.
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