domingo, 8 de agosto de 2010

Comprinhas na farmácia???

O brasileiro tem algumas "manias" (pelo menos é o que dizem)... entre outras, brasileiro tem mania de filas, quer levar vantagem em tudo, deixa as coisas para a última hora... e se auto-medica. Praticamente toda semana a imprensa traz reportagens sobre os perigos da auto-medicação, mas são poucas as matérias que questionam a nova "configuração" das farmácias. Temos uma variedade muito grande de medicamentos ao alcance de todos, sem exigência de prescrição médica para para a sua aquisição. Ali, arrumadinhos em prateleiras como guloseimas em supermercados, estão analgésicos, anti-térmicos, anti-gripais, colírios, e uma série de outros produtos. E algumas vezes eles estão expostos à venda nos supermercados mesmo...

Engana-se quem pensa que é suscetível a essas compras de impulso apenas a parcela menos instruída da população. Numa conversa casual hoje, uma colega de trabalho que é pós-graduada, relatou que estava tomando um produto para emagrecer que comprou na farmácia. O problema é que ela escolheu livremente, sem orientação profissional, levando em conta apenas o preço do produto e as informações da embalagem.

Outro hábito nocivo, além deste de comprar por impulso com base nas informações da embalagem, é consumir medicamentos que foram receitados para outra pessoa quando se tem um problema de saúde semelhante. Este problema é agravado se as pessoas têm livre acesso aos medicamentos.

Não estou fazendo campanha contra as farmácias. Apenas continuando uma reflexão que começou durante a conversa com minha colega de trabalho... a automedicação é uma questão de saúde pública e o combate a esta prática não entra em programas de governo dos presidenciáveis. Desconfiamos das razões para que isso aconteça, mas continuamos fazendo vista grossa para o assunto. Até quando?


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