sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

"Eu te amo porra!"

Nossos avôs casaram com nossas avós porque os pais deles arranjaram o "acordo" desde que eram pequeninos... Nossos pais tiveram que conquistar nossas mães, e fizeram serenatas cantando "meu coração... não sei porquê... bate feliz... quando te vê..." Anos dourados, romantismo...

Mas nas décadas seguintes, com a liberação sexual, tudo mudou. As pessoas confundiram liberdade com libertinagem. Respeitando a decisão de cada um, não posso deixar de me decepcionar ao ouvir esta música (sim, é classificado como música). Mas a decepção não é somente com a queda da qualidade musical , mas também com a mudança de valores da sociedade. Uma coisa é não ser romântico, outra coisa é "eu te amo porra"...

Cada vez mais industrializada, a música foi lançada no mercado como um outro produto qualquer: publicidade nos meios de comunicação de massa. Por toda a cidade, espalharam-se outdoors com o título do "hit". A prefeitura mandou tirar a porra do outdoor... literalmente... E começou a "polêmica da porra". Na Bahia "porra" é praticamente vírgula, mais do que isso até... há frases em que porra é metade das palavras... Este era o argumento das pessoas que eram a favor da publicidade.

Seguindo a estratégia do falem bem ou falem mal, mas falem de mim, a música ganhou notoriedade... E com isso, passa a ser candidata ao título de música do verão... A humanidade está mesmo evoluindo?



2 comentários:

  1. a evolução acontece, mas acho que nesse sentido estamos indo na contra mão realmente, do jeito que estamos, não demora muito para estarmos como nos desenhos animados, nas historias do "tempo das cavernas" puxando as mulheres pelo cabelo para demostrar o nosso "amor" ou elas puxando o nosso....

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  2. Eu mato o safado se ele se declarar assim pra mim.
    Mas falando sério: nem dá pra acreditar que alguém possa chamar isso de música. Sou contra a censura, mas muito a favor do velho bom senso.
    Tenha um ótimo sábado, com muita música boa.
    Beijos doces e perfumados.

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