sábado, 12 de janeiro de 2013

A viagem

Dias de correria são sinônimos de esquecimento ou falta de tempo para postagem no blog. Então, hora de pagar a dívida comigo mesma, já que a principal leitora deste espaço é também a autora. Tema número um, o filme "A Viagem", com Tom Hanks. Quando chegamos para comprar os ingressos, a atendente na bilheteria falou  "o filme é legendado e dura três horas". O tom era o mesmo de quem diz "depois não diga que não avisei". Já entro no cimema meio desanimada... e o filme dura mesmo três intermináveis horas. 

O filme tem uma boa dose de marasmo, mas consegue nos prender na cadeira porque o entendimento não é tão simples. Ficamos com os olhos grudados na tela para não perder nenhuma informação, principalmente aquela que vai fazer todo o enredo se encaixar. Mas, de vez em quando os olhos se voltam para o relógio, como uma pergunta inconsciente "que horas eu vou entender esse filme?". A resposta é no final. Ou não. Várias pessoas comentavam na saída do cinema que perderam tempo, que não entenderam, que o filme é chato. Chato é mesmo, ficou longo demais. Mas se você percebe a lógica ilógica da narrativa você até consegue ver alguma inteligência no filme.

Baseado em um livro (Cloud Atlas, de David Mitchell), o filme mistura espiritismo com ficção científica e mostra seis histórias diferentes que se conectam ao longo de algumas centenas de ano. Não assistiria outra vez mesmo acreditando na afirmativa que o filme defende - nossas vidas não são apenas nossas, elas se conectam a pessoas e fatos no passado e no futuro. Enfim, não é um filme que acrescenta muita coisa.


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