quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Ano novo, imposto novo

Na terra de todos os santos, começamos 2013 com aumento de impostos e taxas. Alguns dos serviços do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) foram reajustados em mais de 100%. O Imposto Predial e Territorial Urbano teve aumento de quase 6%. Apesar disto, os salários continuam os mesmos... quer dizer, o salário mínimo está 9% maior... mas quando descontarmos a inflação, o que fica mesmo de ganho real? Quem não guardou um centavinho sequer do décimo terceiro (seja porque estava pagando dívidas ou se endividando), se empolgou com as compras do final de ano e esqueceu que janeiro é cheio de contas extras a pagar, vai continuar com dor de cabeça quando a ressaca da comemoração do ano novo passar...

Então surge uma pergunta. Por que cabe apenas ao cidadão os cortes de gastos desnecessários, o planejamento orçamentário e a ginástica salarial para que as despesas não ultrapassem as despesas? Porque o governo não faz o mesmo? Simples, porque nós não temos a varinha mágica que aumenta as receitas. Não podemos aumentar os nossos salários como o governo faz com os tributos. 

A situação toda já seria uma lástima se parasse por aí, mas consegue ser mais grave. O Brasil é um país com carga tributária altíssima e que não tem educação, saúde, mobilidade urbana, segurança, habitação. O índice de sonegação e o de inadimplência crescem, em parte, pelo descontentamento da população - que não vê o imposto que pagou voltar para benefício da sociedade. Então, o governo aumenta mais os tributos para compensar a sonegação e a inadimplência. Em resumo: este país está todo errado há quase 513 anos e falta vontade política para consertar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário