quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Lavagem do Bonfim

Descobri este ano que a Lavagem do Bonfim não é na segunda quinta-feira de janeiro, e sim na segunda quinta-feira depois do Dia de Reis. Algumas vezes coincide, mas não este ano. A festa sintetiza o sincretismo religioso dos soteropolitanos, reunindo milhares de seguidores do candomblé e do catolicismo em uma única fé, em uma única festa. A igreja é do Senhor do Bonfim, mas a água de cheiro que "lava" a escadaria é de Oxalá. A Lavagem do Bonfim é a uma das festas mais populares de Salvador e reúne também milhares de turistas a cada ano. 

Como soteropolitana legítima, eu não poderia estar em outro lugar no dia da Lavagem do Bonfim... em casa! Nestas horas é bom trabalhar no bairro onde o cortejo passa...um dia de folga. Da igreja da Conceição da Praia (onde foi meu batizado) até a Colina Sagrada, são oito quilômetros de caminhada. E os baianos já sabem que "tem fé, vai a pé!". É um bom slogan para o produto, mas não há muitas alternativas com o trânsito fechado. Um ou outro mototaxista fugindo da fiscalização. 

Reconheço a festa como expressão da cultura baiana, acho bonito de ver (pela televisão), e acho que a tradição deve ser mantida (independente da minha folga), mas não pretendo acompanhar "ao vivo". Multidão e sensação térmica de 200 graus não me atraem. Mas... pretendo adotar a distância como parâmetro para a minha caminhada na esteira da academia. Oito quilômetros, boa pedida. Vamos em frente! Seguindo o conselho de Gilberto Gil, é só andar com fé, já que a fé não costuma "faiar".

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