quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Dona Canô

Esta postagem era para ontem... Eu estava tão cansada e relaxada ao mesmo tempo, que até lembrei do blog e do compromisso de escrever diariamente, mas não tive forças para pegar o computador e escrever. Há pouco mais de duas semanas, Dona Canô nos deixou. A matriarca da família Veloso, mãe de Caetano e Maria Betânia e referência de sabedoria na cidade de Santo Amaro, viveu 105 anos. Ela credita a longevidade ao saber viver.. Como dizia, ser feliz é para quem tem coragem.

Eu não conheci Dona Canô, e conheço pouca coisa da cidade de Santo Amaro, na qual já estive três vezes de passagem - visita rápida a trabalho. A cidade tem uma certa magia no ar, toda vez que passei lá me senti renovada, com energias recarregadas. A religiosidade e o dom artístico do santamarense deixam bons fluidos na atmosfera, indiscutivelmente.

Mas, mesmo sem conhecer Dona Canô, lamentei bastante a sua partida. Havia pouco tempo que eu tinha terminado de ler uma biografia da mãe de Caetano, entitulada "Lembranças do saber viver". O livro foi escrito como homenagem ao centenário de Dona Canô, há pouco mais de cinco anos, e usa como recurso linguistico a narrativa feita pela própria personagem nas conversas que teve com os autores. Isto me deixou com a sensação de intimidade com a matriarca, e a minha admiração por ela aumentou bastante depois desta "apresentação". 

Dona Canô, obrigada pelos preciosos ensinamentos, pelos "causos", pela companhia agradável durante a leitura. A saudade de toda a Bahia é muito grande, mas não maior do que o orgulho de ser o berço de alguém que fez a diferença. Descanse em paz.

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