sexta-feira, 11 de junho de 2010

Imperfeito, perfeito ou mais que perfeito?

Os dias são como os tempos verbais do pretérito: imperfeito, perfeito e mais que perfeito. Meu dia hoje parecia caminhar para o mais que perfeito. Mas já no final do dia, encontrei um professor que eu adorava na época da primeira faculdade... o ruim não foi encontrar ele... vocês entenderão.

Eu precisava dos serviços de cartório, e queria aproveitar que teria uma reunião de trabalho no mesmo bairro para resolver a questão... mas, os servidores da justiça estadual estavam em um movimento grevista. Procurei notícias na internet, e descobri que havia uma assembléia marcada para ontem. Imaginei que ninguém retornaria ao trabalho em uma sexta-feira, mas resolvi passar no cartório em busca de informações, já que na internet eu não localizei o resultado da tal assembléia. Para a minha surpresa, encontrei o cartório em pleno funcionamento. E como pouca gente devia saber disso, estava vazio, sem filas. Por curiosidade, perguntei qual a pauta de reivindicações e o servidor me deu algumas explicações, que eu escutei acompanhando apenas com alguns "hã-hã", "entendo" ou "claro", apenas para me mostrar solidária a uma causa que eu nem sabia qual era, porque depois de trinta segundos eu já não prestava atenção ao que ele dizia.

Resolvido o problema, imaginei que o dia seria mais que perfeito. Foi muita sorte! O resto do dia correu sem problemas. No final do expediente, decidi ir ao shopping em busca de uma copiadora. Nem lembrei que era véspera do Dia dos Namorados e que o shopping devia estar lotado... mas, para minha surpresa, não tive a menor dificuldade para estacionar (em todos os sentidos), não peguei corredores lotados, nem filas intermináveis. Ou os namorados anteciparam as compras, ou deixaram tudo para amanhã. Meu estômago começou a me lembrar que já havia passado a hora de reabastecê-lo e parei para comer um sanduíche... que tinha cebola. Aí está o episódio que fez o dia deixar de ser mais que perfeito. Logo após deixar meu estômago sorridente, encontro com um conhecido... um professor que eu adorava. Ele me parou para falar comigo, e eu toda sem graça... ao ponto dele dizer que eu continuava com o mesmo jeitinho tímido. Isto porque, eu mal abria a boca para falar...

Pode parecer exagero, mas ele era quase um ídolo para mim... seria como se minha mãe tivesse encontrado com o cantor Roberto Carlos logo após comer cebola... O dia teria sido imperfeito pra ela...

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