quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Batalha com a agulha

Uma luta. Assim se define o ato de retirar sangue da minha veia. O primeiro round consiste na localização da veia. Com a ajuda do gesto de abrir e fechar a mão mais o garrote, o técnico consegue sentir a veia tateando, porque ela não se mostra de jeito nenhum. O segundo round é, depois de furada a veia, encher os tubos de ensaio...

Uma pausa, para perguntar: alguém sabe qual a razão do nome do objeto ser tubo de ensaio? Para experimentos químicos eu entendo, já que se vai ensaiando uma nova fórmula. Mas para exame de material biológico eu não percebo muita lógica. Ou será que é um nome irônico para dizer que nós tanto ensaiamos ficar doentes que acabamos conseguindo?

Retomando, a minha veia gosta de pirraçar. Além de se esconder, ela determina a quantidade de sangue a ser extraído. Hoje foi mais um dia de luta... O primeiro round terminou com os meus dois braços furados. Na primeira tentativa, a veia se recusou a deixar me perder uma gotinha sequer de sangue... e o outro braço teve que ser furado também... A requisição da médica tinha nada mais nada menos que 57 exames, e para atender ao solicitado seria necessário extrair uma quantidade de sangue que enchesse sete tubinhos... mas minha veia só quis encher seis, o sétimo ficou apenas com duas gotas. A técnica do laboratório disse que ia completar tirando um pouquinho de cada um dos outros seis tubos...

E para terminar a luta, eu quase fui a nocaute. Nunca tinha passado por isso antes, assim que a agulha saiu da minha veia, o mundo começou a girar... e náuseas acompanharam essa tontura... Minha pressão deve ter despencado... Mas felizmente fiquei no quase... depois, dia normal, rotina. E fiquei imaginando o que aconteceria se eu resolvesse doar sangue...

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