sábado, 23 de outubro de 2010

Setentinha com carinha de cinquenta...

Sábado, 23 de outubro de 2010. Primeiro dia do signo de escorpião, e aniversário do seu nativo mais famoso: o rei do futebol. Pelé completa hoje 70 anos, com uma jovialidade impressionante. Com Pelé, a magia do futebol brasileiro ganhou o mundo, e com Pelé o jogador de futebol ganhou status de estrela. E com isso, começaram também as histórias em que o comportamento fora das quatro linhas não lembrava nem um pouco o encantamento das jogadas, a genialidade dos dribles.

Mas quem de nós tem o direito de julgar? Somos perfeitos, e por isso condenamos os erros alheios? Será mesmo que as atitudes (e erros) de fora  de campo superam o fato de dar visibilidade ao futebol? E a importância social que este esporte passou a ter no Brasil depois de Pelé? Isto não conta? Vale apenas a antipatia gratuita ou um ódio inexplicado pelo não reconhecimento de uma filha ou outro episódio qualquer de uma vida, que como o próprio nome diz, é pessoal?

É próprio do ser humano apontar, criticar, julgar, condenar. Como se nunca tivéssemos errado. Arrepender-se é também uma virtude, tão digna e importante quanto pedir perdão. E sublime é perdoar. Somos mais felizes quando aprendemos a perdoar, porque reconhecemos a nós mesmos nos outros e entendemos que temos falhas... e que também gostaríamos de ter uma segunda chance, de aprender com nossos erros e seguirmos adiante.

Sei que a postagem de hoje está um pouco filosófica, talvez alguns até classifiquem como piegas. A intenção era falar apenas dos setenta anos de Pelé, mas a postagem foi se conduzindo sozinha, tendo minhas mãos apenas como instrumento para se materializar. Algum objetivo isto tem. Acredito muito no destino e certamente se estas palavras vieram parar aqui, é porque possuem o objetivo de provocar a reflexão em alguém... ainda que este alguém seja eu mesma.

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